Foi transferido da seccional urbana do Comércio para a Divisão de Homicídios (DH) da Polícia Civil o inquérito que apura o assassinato do israelense Gil Gottfried, 61 anos, ocorrido no dia 28 de maio deste ano, na rua São Pedro, bairro da Campina, no centro de Belém. O caso está sob a presidência do delegado Eduardo Rollo.

Na manhã de ontem, Rollo disse que trata-se de “um caso de difícil investigação. Mas a direção da Divisão determinou que eu e meus investigadores dediquemos tempo integral e prioridade para o esclarecimento do delito, que está sendo acompanhado pela comunidade israelita do Pará, da qual a vítima era integrante”, informou o delegado.Gil morava há 15 anos em Belém, em um apartamento na mesma rua onde foi morto, por dois homens. Nas investigações ora realizadas, faz-se necessária expedição do laudo de necropsia, que, segundo o delegado Rollo, vai possibilitar uma melhor apreciação do baleamento ocorrido.

A perícia técnica de local de crime também deverá expedir um laudo.Por outro lado, Rollo informou que tem diariamente efetuado “buscas atrás de pistas que levem ao esclarecimento do delito”. O policial não quis adiantar se já possui algum suspeito para o caso. Afirmou ainda que, até o momento, ninguém foi detido por envolvimento no crime. Acrescentou que “mais de uma dezena de depoimentos já foram tomados para o inquérito”.Segundo os porteiros do prédio onde morava, “Gil Gottfried tinha pouco amigos, mas bebia com conhecidos quase todo final de semana em sua casa que tinha a porta blindada e ele recebia apenas os conhecidos”, disse o delegado.

Nos primeiros levantamentos feitos sobre o caso, soube-se que um parente de uma ex-empregada da vítima estava sendo investigado.O delegado Rollo disse que, apesar das dificuldades encontradas no caso, ele deverá chegar até ao assassino do israelense. O inquérito deveria ter sido concluído no último dia 28 de junho. Porém ele solicitou à Justiça mais 30 dias de prorrogação para melhor tratar a apuração. “Sempre a morte de um estrangeiro gera muita curiosidade e grande repercussão. A comunidade israelita, já está acompanhando o nosso trabalho e até um rabino me procurou para saber como está a apuração”.

(Diário do Pará)

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