A onda de violência em Belém para muitos parece ser sensacionalismo, mas é uma cruel realidade, sobretudo para quem já foi vítima dessa situação. Em casa, na escola, na rua e até em igrejas, não importa onde, a insegurança está presente em todos os lugares e em qualquer hora do dia tira o sossego do cidadão do bem. 

Por exemplo, na última quarta (17), 3 pessoas foram vítimas de tentativa de assalto dentro de seus automóveis e foram atingidos por tiros, em situações e locais inusitados, que mostram o nível da audácia dos assaltantes e o alto índice de insegurança.

O primeiro deles aconteceu por volta das 10h, contra o professor do curso de Administração da Universidade Federal do Pará (UFPA), Carlos Henrique Santos Rodrigues, 53 anos. Ele foi surpreendido por 2 homens armados, enquanto trafegava em seu automóvel em um trecho da Avenida Pedro Alvares Cabral, bairro da Sacramenta, em Belém. A vítima acelerou o veículo durante a abordagem, mas foi atingida pelos disparos feitos pelos suspeitos e foi socorrida e levada ao Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE).

OUTROS CASOS

Outro caso aconteceu apenas duas horas depois do caso citado acima, quando Selma Cardia foi baleada após sofrer o golpe da “saidinha bancária”. A tentativa de assalto aconteceu na Rua Curuçá, bairro do Umarizal, área nobre de Belém, após a vítima ter sacado alta quantia em dinheiro em uma agência bancária, na Avenida Senador Lemos. 

Ela foi perseguida por 2 homens em uma motocicleta e, ao ser alcançada, um dos suspeitos disparou 1 tiro que atravessou o vidro do carro e lhe atingiu o maxilar. Os dois suspeitos fugiram sem levar o dinheiro e a vítima conduzida para um hospital particular. O último caso aconteceu durante a noite, na Avenida Perimetral, esquina com o canal da Cipriano Santos. Um casal, não identificado, trafegava no local e foi abordado por assaltantes. As vítimas tentaram fugir, o que deu início a uma perseguição por parte dos assaltantes. 

Quando os dois foram alcançados, os suspeitos atiraram contra eles, que só foram salvos graças à chegada da Polícia Militar (PM), mas não conseguiram fazer a detenção deles, já que conseguiram fugir do local.

Os três casos são o exemplo de que em qualquer momento podemos ser vítimas de violência, e não importa qual seja a situação. “Não temos mais tranquilidade em casa, escola, na verdade, em nenhum lugar. A qualquer hora do dia algo de ruim pode acontecer com a gente, porque a violência está demais. Temos de ter cuidado, senão facilmente podemos ser mais uma vítima dessa insegurança”, disse a empregada doméstica Celeste Alencar, 44 anos.

(Alexandre Nascimento/Diário do Pará)

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