O texto de uma mulher identificada como Débora Pereira, suposta moradora de Ananindeua, compartilhado nas redes sociais, gerou pânico entre famílias nesta semana. Segundo o relato de Débora, sua filha quase foi sequestrada em uma parada de ônibus localizada em frente ao shopping Boulevard, na avenida Visconde de Souza Franco, no bairro do Reduto, em Belém, no último sábado (3).

Famílias e amigos se movimentaram em grupos de Whatsapp e Facebook para um alerta geral do perigo de sequestro de crianças, que estaria ocorrendo em Belém. Em algumas postagens, chegaram a falar de uma quadrilha de tráfico de órgãos de Florianópolis (SC) agindo no estado do Pará.

A Polícia Civil do Pará informou nesta sexta-feira (09), através de nota, que a ação da suposta quadrilha não passa de um boato. "Não procedem as postagens nas redes sociais sobre uma quadrilha que estaria praticando sequestro de crianças para tráfico de órgãos, em Belém", diz a nota. 

A equipe do DOL não localizou a postagem de Débora Pereira por redes sociais. Mas várias pessoas reforçam a ocorrência com posts no Facebook: 

A imagem do post chegava nos grupos acompanhado de um áudio em que a suposta mãe chega a chorar e dá mais detalhes da tentativa de sequestro. Ela diz que um homem tentou agarrar sua filha, Helena, e levá-la para dentro de um carro branco, porém, sem êxito, pois um vendedor de bombons a ajudou a segurar a menina. Ouça:

Veja a nota da Polícia Civil na íntegra:

A Polícia Civil esclarece que não procedem as postagens nas redes sociais sobre uma quadrilha que estaria praticando sequestro de crianças para tráfico de órgãos, em Belém. Não existem no banco de dados do sistema de ocorrências policiais quaisquer boletins de ocorrência registrados sobre desaparecimentos de crianças neste sentido, em Belém. 

Informamos que já foi verificado junto ao Serviço de Identificação e Localização de Crianças e Adolescentes (Silcade), da Polícia Civil. Da mesma forma, não existe qualquer investigação em andamento sobre a atuação de um casal, em Belém, como os responsáveis pelo suposto sequestro de crianças. Essa postagem também é falsa. 

Trata-se de um boato que começou a circular, ano passado, em várias cidades brasileiras, e que viralizou nas redes sociais como se tivesse ocorrendo agora em Belém. Reforçamos que a Polícia Civil está acompanhando as postagens falsas que circulam nas redes sociais e que as pessoas não devem compartilhar esse tipo de mensagem, pois tem a única finalidade de gerar medo na população. 

(DOL)

MAIS ACESSADAS