O paraense François Patrick Nogueira Gouveia confessou ontem à Guarda Civil espanhola que foi o responsável pelo assassinato de seus tios e os dois filhos deles, duas crianças de 4 e 1 anos, em uma casa do município de Pioz, na província de Guadalajara. As informações foram confirmadas à Agência Efe, que acrescentaram que o jovem, de 20 anos, não apresentou muitos detalhes. O brasileiro, que morava com os tios até cometer o crime bárbaro, chegou na quarta-feira a Madri ao se entregar voluntariamente após as conversas que os investigadores da Guarda Civil mantiveram durante vários dias com a família de Patrick no Brasil. O caso é considerado um dos mais brutais já registrados na Espanha.

El presunto responsable del cuádruple homicidio de Pioz #Guadalajara llega a #España desde #Brasil y se entrega a la Guardia Civil pic.twitter.com/kUPzYw2vgi

— Guardia Civil (@guardiacivil) 19 de outubro de 2016

Os restos mortais dos quatro membros da família foram encontrados em 18 de setembro dentro de sacos plásticos no interior do chalé onde moravam. Segundo a imprensa espanhola, acredita-se que eles tenham sido mortos cerca de um mês antes.

Mas, uma simples gota de suor no chão da casa levou ao DNA do sobrinho, por coincidir com a sequência genética observada em um fio de cabelo do suspeito. Somado a isso, havia a impressão digital escondida sob uma fita isolante com a qual lacrou os seis sacos de lixo que continham os corpos degolados e esquartejados confirmou essa identificação, ao ser comparada com a digital dele encontrada no cabo de uma frigideira da casa. Após o crime, Patrick retornou ao Brasil.

Os parentes do jovem se convenceram de que o suspeito tinha de se apresentar à Justiça na Espanha, porque, além disso, a Guarda Civil tem vários indícios que apontam para o jovem. Segundo fontes ligadas à família, o acusado decidiu se apresentar na Espanha por considerar que lá ele teria um julgamento mais objetivo e uma detenção diferente da qual teria nas prisões brasileiras. 

DECLARAÇÃO

Segundo a página do jornal espanhol “El Pais” na internet, a única pessoa que sabia que ele ia para confessar o assassinato de quatro membros de sua família era a irmã Hanna Gouveia Nogueira, advogada. Foi ela quem pagou a passagem de volta ao Brasil onde chegou dia 22 de setembro, dois dias depois que a Guarda Civil achou os corpos decapitados e desmembrados de seus tios em uma casa de Pioz. “Senti um ódio incontrolável, algo me dizia que devia matá-los”, dizem fontes familiares do único suspeito do que entrará para a história como “o crime de Guadalajara”.

(Com informações Agências Internacionais)

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