22 ATAQUES NO PARÁ ESSE ANO

BANDIDOS “ACERTAM” BANCOS

Houve ainda 15 tentativas, segundo Sandro Mattos, diretor do Sindicato dos Bancários do Pará. Ele diz que as autoridades de segurança deveriam fazer mais ações preventivas para evitar tantos crimes

Nas imagens, duas agências do interior paraense após serem atacadas por quadrilhas. Situação é das mais delicadas

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INSEGURANÇA

Emily Beckmanemily.becman@diariodopara.com.br

Segundo dados do Sindicato dos Bancários do Pará (Sindibanpa), de janeiro a setembro de 2017 já foram registradas 37 ocorrências criminosas cometidas contra as instituições financeiras no Estado. O quantitativo já supera ao do ano passado, que no mesmo período contabilizou 30 ocorrências. Para o sindicado, faltam ações preventivas da Segurança de Estado de Segurança Pública e Defesa Pessoal (Segup) para os municípios do interior, principalmente o sudeste e nordeste paraense. 

O último caso de atentado foi registrado na manhã de segunda-feira (4), contra uma agência do Banco do Brasil do município de Mocajuba, nordeste paraense. Há menos de um ano, em novembro de 2016, a mesma cena violenta já havia denunciado a fragilidade de policiamento do município, conforme explicou o diretor do sindicato, Sandro Mattos. 

“Um assalto desse não é cometido em minutos. São meses em que uma quadrilha especializada estuda a cidade, o policiamento, número de pessoas no município e como vão entrar e sair”, disse. 

Sindicato dos Bancários afirma que autoridades de segurança deveriam fazer mais ações preventivas. (Foto: divulgação)

Segundo ele, os assaltos as instituições financeiras poderiam ser evitados se elas recebessem maior atenção dos órgãos de segurança. “Existem regiões do Pará com número muito pequeno de militares para áreas que têm grandes rotas de fuga das quadrilhas, principalmente do sul, sudeste e nordeste do Estado. Percebemos que não há inteligência para combater os assaltos a bancos e isso tem a ver com a Segup, que não consegue combater este tipo de crime. Estamos vendo que uma cidade tornou-se refém de mais uma ação criminosa”, falou o sindicalista. 

Em números, em 2017 das 37 ocorrências, 22 foram ações consumadas pelos criminosos e 15 tentativas. Em 2016, 20 ações foram efetivadas e 10 tentadas. As ocorrências, segundo Sandro, correspondem aos tipos de crime contra a instituição, entre elas as modalidades “sapatinho”, quando um gerente de uma agência bancária é sequestrado para tirar dinheiro do cofre; e “novo cangaço” ou “vapor”, em que o grupo criminoso bloqueia a entrada e saída da cidade, atacam a instituição financeira fortemente armados colocando medo na população.

(Emily Beckman/Diário do Pará)

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