Foi preso nesta quarta-feira (9) Tarcísio Maicon Mescouto Pereira, motorista da Uber que confessou ter participado em um atentado à vida do policial militar Georgio Silva Salame, de 39 anos, baleado na manhã de ontem no bairro da Marambaia, em Belém. O estado de saúde dele é grave.

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De acordo com a Polícia Civil, Tarcísio foi autuado em flagrante delito na noite do crime por tentativa de latrocínio. Após ser apresentado à Divisão de Homicídios, juntamente com o carro usado na ação, Tarcísio relatou sua versão da história com informações totalmente contraditórias, tendo finalmente confessado a participação no crime.

O carro dirigido por Tarcísio estava totalmente perfurado por diversos projéteis de arma de fogo por conta da troca de tiros que aconteceu entre os criminosos e o PM Salame.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, Tarcísio confessou também que foi o motorista do veículo usado na ação e que estava na companhia de outras três pessoas, que ainda não foram identificadas.

A polícia informou que uma equipe continua as investigações para localizar e prender os outros três suspeitos de cometer o crime. Enquanto que Tarcísio segue preso à disposição da justiça.

Já a Uber informou que não tolera nenhum comportamento criminoso e que o motorista foi preventivamente bloqueado de fazer viagens na plataforma assim que a denúncia foi feita. “Caso a denúncia seja confirmada, sua conta [do motorista] será definitivamente banida”, garantiu a empresa.

A Uber disse ainda que todos os motoristas parceiros cadastrados no aplicativo passam por uma checagem de antecedentes criminais, nos termos da lei, realizada por empresa especializada. “A partir dos documentos fornecidos para registro na plataforma, a empresa consulta informações de diversos bancos de dados oficiais e públicos de todo o País, em busca de registros de crimes ou infrações que possam ter sido cometidas antes do profissional começar a dirigir utilizando o app”.

23 PMs MORTOS

A violência contra policiais militares segue fazendo vítimas no Pará. O caso mais recente foi do policial militar Carlos Mourão, morto no dia 4 de maio. Com a morte dele, subiu oficialmente para 23 o número de policiais militares assassinados no Estado; a maioria foram vítimas de execução.

(DOL)

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