A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (18), em Belém, a Operação Espúrio, para desarticular uma associação criminosa especializada em fraudar benefícios previdenciários e que já teria causado um rombo de mais de R$ 2,2 milhões aos cofres públicos. Os policiais cumprem oito mandados judiciais, sendo quatro mandados de prisão temporária e dois mandados de busca e apreensão. 

As investigações se iniciaram a partir de denúncia de que nos endereços dos investigados chegavam correspondências do INSS, referentes à benefício previdenciário LOAS, em nome de terceiros que não moravam nos locais. A investigação apontou que os benefícios haviam sido concedidos a pessoas fictícias, e que a associação criminosa criava toda a documentação, incluindo RG, CPF, CTPS, inserindo alguns dos seus próprios dados pessoais na fraude. A documentação forjada servia para embasar o requerimento de benefício previdenciário junto ao INSS. 

A Justiça Federal ainda determinou a imediata suspensão de 16 benefícios previdenciários com fortes indícios de serem fraudulentos, cujo prejuízo estimado, conforme levantamento da NUINP é de R$ 2.205.017,57.

Os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa e estelionato previdenciário. Os presos serão encaminhados para o Sitema Prisinoal em Belém, onde ficarão à disposição da Justiça Federal. 

O nome da Operação vem do adjetivo espúrio, que vem do latim "spurius" e possui dois significados. Por um lado, refere-se a algo ou alguém que desde a sua origem se encontra degenerado por algum motivo. Por outro lado, trata-se de tudo que é enganoso, perverso, inautêntico ou falso em algum sentido.

(Com informações da PF)

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