Moradores percorreram as ruas do município de Dom Eliseu, no nordeste paraense, em um grande protesto ao ato de violência que tirou a vida de Eloísa Vitória, de apenas nove anos. A menina foi violentada pelo padrasto Jonathas de Jesus Silva com o consentimento da própria mãe Maria Lizandra da Silva Santos.

A agressão contra a criança seguiu por vários dias, resultando na morte da menina no dia 8 de setembro.

Segundo a Polícia Civil, a criança havia dado entrada no hospital com diagnóstico de pneumonia e, após, atendimento, recebeu alta, porém, ao dar entrada novamente no hospital, não resistiu. “Ao analisar mais precisamente o corpo, os médicos diagnosticaram o quadro preliminar de hemorragia retal, o que dava indícios de ter sido violentada sexualmente”, explicou a PC.

Após a suspeita, o padrasto e a mãe foram procurados na residência da família, mas não foram encontrados.

No entanto, o casal foi capturado e preso em flagrante. O padrasto foi enquadrado por estupro de vulnerável em continuidade delitiva em concurso com o crime de homicídio qualificado. Já a mãe foi presa por estupro de vulnerável qualificado pelo resultado morte (crime omissivo impróprio), segundo a PC.

Ainda de acordo com a PC, o juiz de Dom Eliseu entendeu que deveria manter a prisão do casal após analisar as provas apresentadas, entre o parecer médico e os relatos de testemunhas que acusam o padrasto de ser o autor do estupro e da mãe por omissão, que sabia dos abusos e nada fez para impedir.

Diante disso, os dois tiveram as suas prisões em flagrante mantidas e convertidas em prisão preventiva na audiência de custódia.

Jonathas de Jesus Silva foi transferido para o presídio de Marituba, Região Metropolitana de Belém. E Maria Lizandra para o Centro de Recuperação Feminino (CRF), em Ananindeua.

(DOL)

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