Segundo o laudo da necropsia efetuada no corpo de Daniel, meia ex-São Paulo que estava emprestado ao São Bento, ele teve morte por “esgorjamento”, nome técnico dado a uma lesão profunda na região lateral ou frontal do pescoço, produzida geralmente por instrumento cortante ou contundente.

Um perito que pediu para não ser identificado disse à Folha de S. Paulo que o atleta sofreu um corte na região cervical que quase o decapitou. A reportagem também confirmou que o pênis do atleta foi decepado, e até agora ainda não encontrado pela polícia.

Os legistas não encontraram outros ferimentos no corpo de Daniel, que já foi liberado para a família do jogador, mas ainda está no Instituto Médico Legal (IML) em Curitiba. A polícia já sabe que, antes de ser encontrado morto, Daniel foi a uma casa noturna em São José dos Pinhais e saiu de lá acompanhado por uma mulher.

TRAJETÓRIA

Daniel tinha 24 anos e foi revelado pelo Cruzeiro, mas teve passagem de destaque no Botafogo. Vendido ao São Paulo como promessa, o jogador já chegou ao time paulista com uma lesão no ligamento do joelho direito. As contusões, inclusive, foram o grande problema da carreira de Daniel.

Emprestado ao Coritiba, sofreu uma tendinite no mesmo joelho operado e pouco conseguiu jogar. Ao voltar para o São Paulo, foi emprestado para a Ponte Preta, mas não convenceu a ponto de o time de Campinas aceitar bancar os altos salários do meia.

O jogador estava emprestado ao São Bento desde junho deste ano. A tendência era que ele permanecesse por lá até o final da Série B do Campeonato Brasileiro. Nesta segunda-feira (29), o clube do Morumbi publicou uma nota de pesar no site oficial.

"O São Paulo Futebol Clube lamenta profundamente o falecimento do meia-atacante Daniel, que defendeu o clube em 2015 e 2016, e foi encontrado morto em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, no último final de semana", diz a nota, que repassa o histórico curto do jogador com a equipe.

(Com informações da Folha de S. Paulo)

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