Na última segunda-feira (3), a Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um acordo sigiloso assinado com o ministro da Cidadania do governo Jair Bolsonaro, Onyx Lorenzoni, em que o político confessa ter cometido o crime de caixa 2.

Onyx se comprometeu a pagar R$ 189.145,00 como multa para que a investigação fosse encerrada. Seria o primeiro acordo com previsão na Lei Anticrime, aprovada no ano passado, firmado pela PGR com o STF. 

O acordo de não-persecução penal (ANPP) ainda precisa ser analisado pelo relator do caso no Supremo, ministro Marco Aurélio Mello, para ter sua validade confirmada. Se legitimado, impedirá Onyx de ser punido e enquadrado na Lei da Ficha Limpa, a qual estaria sujeito caso a investigação resultasse em condenação.

CAIXA 2

Onyx Lorenzoni admitiu ter recebido doações não contabilizadas do grupo que controla a empresa JBS em valores somados de R$ 300 mil, sendo R$ 100 mil nas eleições de 2012 e R$ 200 mil nas eleições de 2014. O caixa 2 foi revelado nos acordos de colaboração premiada de delatores da JBS.

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