O discurso contra a democracia custou caro ao deputado federal bolsonarista Daniel Silveira. Por 364 votos, a Câmara dos Deputados decidiu pela manutenção da prisão do parlamentar, conhecido por defender ideias como fechamento do STF e a volta de instrumentos de censura utilizados no período da ditadura militar. 130 deputados votaram contra a manutenção e 3 abstenções.

Daniel Silveira foi preso pela Polícia Federal na terça-feira (15), em sua casa. A prisão foi solicitada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, após o deputado publicar (mais uma vez), um vídeo onde ofendia os juízes da Suprema Corte, inclusive, dizendo que eles vendiam sentenças.

A manutenção da prisão já era esperada. O próprio relator do caso, o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB), já tinha se declarado a favor da permanência de Daniel atrás das grades. 

Na tarde dessa 5ª feira (18.fev), em audiência de custódia, na sede da Superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro, o juiz instrutor Aírton Vieira decidiu também manter a prisão do congressista.

Enquanto o deputado estava na audiência, a Polícia Federal apreendeu 2 aparelhos celulares em sua cela durante uma vistoria. A apreensão foi informada ao STF e um inquérito será aberto para apurar o caso.

Daniel Silveira, que apareceu para o Brasil quebrando uma placa com o nome de Marielle Franco, até tentou se mostrar imponente e agressivo ao longo dos dias, inclusive humilhando uma agente que pediu para que ele colocasse a máscara na delegacia, mas na tarde de hoje o parlamentar amenizou o discurso e disse estar arrependido das publicações antidemocráticas. Tardiamente.

Foto: Reprodução

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