Hoje é o dia do agricultor. Dia de quem contribui diretamente para a alimentação de milhões de brasileiros e que, sem dúvida, foi uma das várias categorias que não parou desde o início da pandemia da Covid-19.
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A relação desse trabalhador do campo com o crescimento do país foi o tema de inúmeras homenagens nas redes sociais, entre elas, a do perfil da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social), da Presidência da República, cuja postagem não foi bem recebida. Na foto, um homem em meio a uma plantação aparecia com uma arma nas mãos. A frase “Dia do Agricultor: alimentando o Brasil e o Mundo” ressaltava a homenagem feita pelo perfil do governo de Jair Bolsonaro (sem partido).
“Hoje homenageamos os agricultores brasileiros, trabalhadores que não pararam durante a crise da Covid-19 e garantiram a comida na mesa de milhões de pessoas no Brasil e ao redor do mundo”, dizia a legenda da postagem, que foi apagada após chuva de críticas. Entre as críticas, estava o fato da edição promover o uso de armas ao invés de utilizar símbolos do campo. A maioria reforçava que a imagem do homem do campo armado é antiquada e não representava o profissional do agronegócio brasileiro no século 21.
Repúdio
Presidente da Abag (Associação Brasileira do Agronegócio) Marcello Brito disse que a publicação envergonha o setor. "Esse post não representa os agricultores brasileiros. Não andamos com armas no ombro, mas com o suor de quem trabalha honestamente de sol a sol. Essa publicação envergonha o setor, as mulheres e homens do campo e o Brasil. Absurdo", escreveu.
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Já Jorge Espanha, presidente da Abmra (Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio), avalia que o setor deve ser reconhecido por saciar a fome, gerar empregos e fomentar a sustentabilidade. "O Brasil é um dos maiores exportadores de alimentos do planeta, superando US$ 100 bilhões por ano. É essa a imagem que a Abmra contribui para transmitir para a sociedade e que tem a participação direta do agricultor", diz o executivo.
Resposta - Por meio de nota, a Secom disse, na noite de hoje, que a imagem do homem armado era uma “referência à segurança do campo”, mas que ela “deu margem a interpretações fora do contexto”. “O governo continuará adotando medidas que proporcionem mais tranquilidade e segurança em respeito ao agricultor e à sua família”, disse no comunicado.
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