Durante uma live realizada em 21 de outubro do ano passado, Jair Messias Bolsonaro (PL) leu uma suposta notícia que alertava que "vacinados [contra a Covid] estão desenvolvendo a síndrome da imunodeficiência adquirida [Aids]". O comentário gerou ampla discussão, além de ter sido duramente criticado.

Médicos e cientistas chegaram a afirmar que a associação entre o imunizante contra o coronavírus e a transmissão do HIV, o vírus da Aids, é falsa e inexistente, considerada um "elo absurdo".

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Como resultado, a Polícia Federal abriu inquérito para apurar a conduta do presidente sob a suspeita de crime de pandemia, infração de medida sanitária preventiva e incitação à prática de crime. Datada de 23 de fevereiro, a portaria que instaura a investigação foi encaminhada na última quarta-feira (2) ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

A apuração da Polícia Federal será conduzida pela delegada Lorena Lima Nascimento, que atua na Coordenação de Inquéritos nos Tribunais Superiores. A pedido do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), integrante da CPI da Covid, Moraes já havia determinado a abertura de inquérito no Supremo. Agora, com a portaria publicada pela delegada, fica formalizada a investigação no âmbito policial.

Inquérito vai apurar conduta do presidente Foto: Reprodução

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