O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou à Justiça Eleitoral patrimônio de R$ 1,76 milhão, incluindo R$ 600 mil em conta corrente relativos a "venda de um treinamento online via empresa 'Eduardo Bolsonaro cursos'".
Os documentos entregues ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no registro de sua candidatura à reeleição não informam qual treinamento é esse.
O filho do presidente vende na internet cursos relacionados a conservadorismo e armas.
Um deles é o Prepara Brasil, em que o deputado federal anuncia aulas, entre outros, com os ex-ministros Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), Onyx Lorenzoni (Trabalho) e Ricardo Salles (Meio Ambiente).
O patrimônio declarado por Eduardo inclui ainda dois imóveis no Rio de Janeiro, um de R$ 1 milhão financiado, "com parcelas ainda em pagamento", e outro quitado, de R$ 160 mil.
Em 2018, Eduardo Bolsonaro declarou patrimônio de R$ 1,4 milhão. Quatro anos antes, em 2014, seus bens informados à Justiça Eleitoral somavam R$ 205 mil (R$ 334 mil em valores atualizados), incluindo apenas o apartamento de R$ 160 mil e um carro.
Em oito anos, os bens do filho do presidente cresceram cinco vezes, já descontada a inflação.
O jornal Folha de S.Paulo revelou em janeiro de 2018 que o então deputado e presidenciável Jair Bolsonaro e seus três filhos que exercem mandato eram donos de 13 imóveis com preço de mercado de pelo menos R$ 15 milhões, a maioria em pontos altamente valorizados do Rio de Janeiro, como Copacabana, Barra da Tijuca e Urca.
Flávio, deputado estadual no Rio de Janeiro e hoje senador, havia negociado 19 imóveis nos 13 anos anteriores.
Os bens dos Bolsonaro incluíam ainda carros que iam de R$ 45 mil a R$ 105 mil, um jet-ski e aplicações financeiras, em um total de R$ 1,7 milhão.
Quando entrou na política, em 1988, Bolsonaro declarava ter apenas um Fiat Panorama, uma moto e dois lotes de pequeno valor em Resende, no interior no Rio -valendo pouco mais de R$ 10 mil em dinheiro atual. Desde então, sua única profissão é a política.
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