O protocolo para a realização das eleições de 2022 segue sendo cumprido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Faltando nove dias para o 1º turno do pleito, a organização de zonas eleitorais, urnas eletrônicas, equipes e os últimos preparativos para o grande momento democrático brasileiro estão na reta final.
Candidato a reeleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a falar sobre a ideia de militares fiscalizarem a "sala secreta" do TSE durante a eleição, prevista para o dia 2 de outubro, durante entrevista ao apresentador Sikêra Júnior, da TV A Crítica, no Amazonas.
Veja também:
Datafolha: Lula amplia vantagem e pode vencer no 1º turno
Bolsonaro: pobres foram acostumados a não aprender profissão
"As Forças Armadas foram convidadas para participar de uma comissão eleitoral. Apresentou sugestões. Parte das sugestões foi acolhida", disse Bolsonaro.
"As informações que eu tenho aqui é que as Forças Armadas pretendem colocar técnicos deles dentro da sala cofre do TSE, uma sala aqui que ninguém sabe o que acontece lá dentro, assim como a Polícia Federal parece que vai fazer a mesma coisa e a Controladoria-Geral da União também deve fazer a mesma coisa. Entendo que a chance de desvio e corrupção diminui bastante. Não zera. Zeraria com o voto impresso", defende o candidato do PL.
A totalização dos votos nas eleições brasileiras não é feita em uma sala secreta. Na verdade, o trabalho é realizado em dois espaços distintos: a Seção de Totalização e Divulgação dos Resultados e a sala-cofre, citada por Bolsonaro, localizados na STI (Secretaria de Tecnologia da Informação), em um prédio anexo à sede do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em Brasília.
Vinte funcionários trabalham na Seção de Totalização e Divulgação dos Resultados, que não é um local secreto. A equipe desenvolve o programa de totalização dos votos e fiscaliza o funcionamento dos softwares não só no dia da votação, mas também antes da eleição.
O espaço pode receber a visita de qualquer pessoa, desde que devidamente identificada na portaria no TSE. Ali, no dia da eleição, integrantes de partidos, membros do Ministério Público e de entidades fiscalizadoras podem acompanhar o funcionamento do sistema na totalização dos votos. O acesso segue as diretrizes de segurança do TSE.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar