plus
plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Edição do Dia
Previsão do Tempo 31°
cotação atual R$


home
GOVERNO LULA 2023

Quem vai comandar o exército? Veja a lista de Lula

Os Conselheiros de Lula aconselham que o presidente não deve inovar na escolha.

twitter Google News
Imagem ilustrativa da notícia Quem vai comandar o exército? Veja a lista de Lula camera Divulgação

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já tem duas opções alvos para comandar o exército brasileiro. A escolha deverá recair sobre o general mais antigo da tropa ou um oficial que tenha a simpatia de integrantes do governo de transição.

Caso Lula opte pela antiguidade, o comando será entregue em janeiro ao general Julio Cesar de Arruda, atual chefe do DEC (Departamento de Engenharia e Construção).

Porém, conselheiros de Lula, sugerem o nome do general Tomás Paiva, comandante militar do Sudeste.

Na lista de apostas inclui também dois outros nomes de generais entre os mais antigos e experientes para comandar a Força Terrestre, como: o chefe do Estado-Maior do Exército, Valério Stumpf, e o comandante de Operações Terrestres, Estevam Theophilo.

Caso Lula opte pela antiguidade, o comando será entregue em janeiro
📷 Caso Lula opte pela antiguidade, o comando será entregue em janeiro |( Divulgação)

A ordem de chegada ao posto de quatro estrelas (a mais alta patente) é a seguinte: Arruda (março de 2019), Stumpf e Paiva (julho de 2019); Theophilo (novembro de 2019).

Conselheiros de Lula aconselham que o presidente não deve inovar na escolha. Eles então sugerem que ele limite a seleção à lista dos três mais antigos. No total seriam quatro, pois Stumpf e Paiva dividem a segunda posição e ambos passariam à reserva na mesma época, em julho do ano que vem; Arruda, em março, e Theophilo, em novembro.

Os outros 12 integrantes do Alto Comando do Exército se aposentam somente a partir de 2024. "Se fosse fazer uma aposta, eu ficaria em torno desses três (Arruda, Tomás e Stumpf). Não é necessário (seguir a antiguidade), mas não queremos nada que cause perturbação desnecessária", disse ao Estadão o ex-ministro da Defesa (2011 a 2015) e ex-chanceler Celso Amorim.

"Conheço o general Tomás há muito tempo e o acho uma pessoa de excelente trato. Ele foi ajudante de ordens do (ex-presidente) Itamar Franco, quando fui ministro (das Relações Exteriores) pela primeira vez." Concluiu.

Para os oficiais-generais da ativa e da reserva, Lula distensionaria a relação com as Forças Armadas ao nomear como comandantes tanto do Exército quanto da Aeronáutica e da Marinha os militares mais antigos do generalato. Foi este o critério que prevaleceu nos dois primeiros governos do petista.

Gesto

Generais observam que esse seria um gesto natural, apesar de se tratar da escolha pessoal de Lula, isso não causaria atritos com a Força. No caso de escolha de oficiais com menos tempo no último posto, os chamados mais modernos pelas regras de hierarquia da caserna, na prática, Lula "aposentaria" o grupo mais experiente.

Para que sejam preservadas as práticas, e nenhum dos integrantes do Alto Comando se submeta a ordens de um comandante-geral com menos tempo de quatro estrelas.

A aflição na caserna era de que Lula abandonasse o critério, como fez o aliado e presidente da Colômbia, Gustavo Petro, provocando uma troca sem precedentes e aposentando de uma só vez uma leva de quase 50 oficiais-generais.

"Lula tem bom senso. O menor dos problemas dele são os militares. O comandante vai ser o mais antigo, considerando que ele já fez isso e deu certo, é a melhor coisa que tem", diz o general da reserva Paulo Chagas, notório crítico do petista.

De acordo com as regras, Lula poderia escolher num universo mais amplo, que inclui qualquer oficial general de Exército, na ativa e na reserva, desde que não tenha sido reformado.

Da arma de engenharia, Arruda passou por algumas das posições de maior prestígio do Exército, como o comando da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), o Comando Militar do Leste, e o Comando de Operações Especiais. Natural de Cuiabá (MT), chefiou o 1º Batalhão de Forças Especiais, um dos mais especializados, que levam a insígnia da faca na caveira.

Tomás Paiva, oficial de infantaria, é tido como um dos nomes mais moderados da caserna e com boa aceitação no futuro governo, especialmente porque teria desenvolvido relações mais próximas com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Paiva foi ajudante de ordens do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), antigo aliado de Alckmin. E desde então, sempre nutriu relações com os tucanos.

O general Tomás que é a rticulado e apontado como crítico de episódios de politização na caserna, disse ao longo de 2022 que as Forças Armadas "não andam ao sabor de um governo ou de outro" e são comprometidas com a Constituição. Durante a pandemia, afirmou que a covid-19 era "a missão mais importante de sua geração".

O General foi chefe de gabinete do ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas, crítico de Lula e autor de um tuíte em 2018 assimilado em Brasília como ameaça ao julgamento que o Supremo fazia e poderia impactar no futuro do petista. Na véspera do segundo turno, o ex-comandante voltou a fazer previsões em tom catastrófico sobre um "governo de oposição". Também comandou a Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), o Batalhão de Guarda Presidencial e chefiou o Departamento de Educação e Cultura, entre outros cargos.

O gaúcho Stumpf que tem passagens pelo Palácio do Planalto, foi assessor do Gabinete de Segurança Institucional no governo FHC, e secretário executivo do GSI nos governos Michel Temer e Jair Bolsonaro, servindo com os ex-ministros Sergio Etchegoyen e Augusto Heleno. No topo da carreira, ele passou pela chefia do Comando Militar do Sul e da Secretaria de Economia e Finanças.

De acordo com um conselheiro de Lula que se reuniu com dois ex-ministros da Defesa de governos petistas aponta que tanto Tomás quanto Stumpf, ambos com experiência prévia no Planalto, são militares de perfil profissional e com traquejo político.

De uma família tradicional no Exército e na política cearense, Theophilo é oficial de artilharia e irmão de outros oficiais-generais, entre eles o ex-secretário nacional de Segurança Pública no governo Jair Bolsonaro e ex-candidato a governador do Ceará pelo PSDB Guilherme Theophilo. Ele foi comandante militar da Amazônia.

De acordo com oficiais que conversaram com o Estadão, o natural na Força Terrestre seria esse grupo mais antigo, com aval do comandante, conduzir as tratativas de transição com a equipe de Lula. O ex-chefe da segurança do presidente eleito voltou a colaborar com ele durante a campanha. Agora, o general Gonçalves Dias tornou-se peça-chave a ser ouvida nas escolhas para a cúpula das Forças Armadas.

Militares que compõem o atual Alto Comando e alguns já na reserva, que frequentam o QG em Brasília, ponderam ver como positiva a escolha de um nome civil para o Ministério da Defesa, como pretende fazer Lula. Os dois políticos com mais simpatia da caserna são o ex-ministro Aldo Rebelo (hoje no PDT, oriundo do PC do B) e o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (que migrou do PSDB para o PSB).

Também há sugestões para que Lula opte por um diplomata experiente, como já fez no início do primeiro mandato, e a ex-presidente Dilma Rousseff repetiu. Os embaixadores José Viegas Filho e Celso Amorim passaram pela Defesa. O segundo tem sido conselheiro de Lula em parte dos planos para o setor, mas pondera não ter poder de decisão na área.

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

tags

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

    Mais em Política

    Leia mais notícias de Política. Clique aqui!

    Últimas Notícias