Durante os quatro anos de gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), muitos empresários, artistas e demais figuras públicas prestaram apoio incodicional ao político e sua maneira de conduzir o Governo Federal, mesmo nos difíceis anos da pandemia de Covid-19. Não reeleito, Bolsonaro amargou uma derrota que desceu goela abaixo de seus apoiadores com um gosto ainda pior.
Um destes empresários que fez questão de se posicionar a favor do ex-presidente foi Luiz Renato Durski Junior, conhecido como chef Junior Durski, presidente do Grupo Madero, que possui 270 restaurantes em 80 cidades brasileiras.
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Mas não tardou para Durski se arrepender das polêmicas em que se envolveu para defender Bolsonaro. Em entrevista ao jornal O Globo publicada neste domingo (4), o empresário diz que faria tudo de forma diferente do que fez se tivesse uma nova oportunidade.
Vale lembrar que uma das principais controvérsias envolvendo o nome do empresário diz respeito a quando ele criticou as medidas de isolamento social durante a pandemia de Covid-19. Durski afirmou que o país não podia parar por “cinco ou sete mil mortes”.
Na entrevista, ele relembrou de um conselho do avô: “Junior, quem abriu comércio não tem candidato, não tem político. Não pode tomar partido muito fácil porque para o negócio não é bom”.
De acordo com o balanço divulgado no último semestre de 2022, o Grupo Madero acumulava uma dívida bruta de quase R$ 1 bilhão. Além disso, existiam prejuízos acumulados acima de R$ 700 milhões, queima de caixa que deixou o grupo com singelos R$ 40 milhões e um plano de expansão visto com uma forte apreensão e desconfiança no mercado.
Apesar disso, Junior Durski não acredita que a má fase se dê por conta das suas declarações, mas reafirma que não as falaria novamente. “Mas, se me perguntar: ‘Faria de novo?’. Não, eu iria seguir a recomendação do meu avô e tocar a vida. A torcida é muito grande para que tudo dê muito certo. E naquilo que a gente puder ajudar é o que tem de acontecer. O Brasil é um país maravilhoso, forte, com um povo muito trabalhador, uma potência mundial em trabalho, em território, que é abençoado. Já passamos por tanto. Está difícil, mas nunca foi fácil”, explica.
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