O presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL), disse nesta sexta-feira (7), que entrou em contato com o presidente Jair Bolsonaro e defendeu o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos), após desentendimento do ex-presidente e o ex-ministro da infraestrutura sobre a aprovação da reforma tributária.

Durante pronunciamento na Câmara, Lira revelou que ligou para Bolsonaro ainda na quinta-feira (6), dia em que a reforma foi votada e aprovada pela maioria dos parlamentares. 

Colocando justamente, sem fazer juízo de valor nem pedindo posicionamento, que essa reforma nasceu no governo dele, foi tocada dentro do Congresso e de que ela era do Brasil”, afirmou.

LEIA TAMBÉM:

Câmara começa a analisar reforma tributária

Após pressão do Centrão, Lula nega troca de Nísia na Saúde

Ciro Nogueira diz que Lula é capaz de "seduzir em minutos"

O deputado ainda foi de acordo com a postura de Tarcísio.

"Fiz uma observação: de que o governador Tarcísio foi muito correto com o tratamento da PEC e que é um amigo que precisa ser preservado”, disse. Ele ainda parabenizou o presidente Lula e o ministro da fazenda Haddad na atuação perante a reforma. 

"O Senado vai ter a oportunidade de fazer uma discussão mais pausada, com um olhar mais agudo, e saberemos avaliar o texto que, com certeza, deve voltar do Senado", disse Lira.

Desentendimento

Durante uma reunião, o presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou visivelmente incomodado ao ver uma foto em que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), aparecia ao lado do ministro da fazenda Fernando Haddad. Bolsonaro criticou Tarcísio por seu apoio à reforma tributária e sugeriu adiar a votação para enfraquecer o governo. Anteriormente, Tarcísio havia declarado concordância com o texto, embora com algumas ressalvas.

As declarações de Tarcísio provocaram a ira de Bolsonaro, que o criticou severamente. O governador também enfrentou críticas de apoiadores bolsonaristas do PL, o que levou Valdemar Costa Neto a intervir em certos momentos.

Lira mencionou a ligação que fez para o presidente ainda na quinta-feira (6) Foto: Marcos Corrêa/PR

MAIS ACESSADAS