A atuação da ex-ministra Damares Alves à frente do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos foi alvo de intensos debates e controvérsias desde o início da gestão. Entre as principais críticas sobre o trabalho realizado por ela estão as posições polêmicas e alegadas violações de direitos humanos, com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Um dos projetos controversos realizados por Damares foi revogado nesta terça (5) pelo presidente Lula (PT) o programa: "Abrace Marajó", que tinha o objetivo de combater a exploração sexual de crianças no arquipélago de Marajó (PA), mas que foi alvo de denúncias, segundo o governo.

Governo Federal abandona a região do Marajó

A gestão Lula afirma que a política foi utilizada para a exploração de riquezas naturais e para atender a interesses estrangeiros, sem benefício ou participação social da população local.

Lançada durante o governo de Jair Bolsonaro, a iniciativa foi marcada por controvérsias. Em 2020, a então ministra afirmou que procurava soluções para denúncias de mutilação e tráfico de crianças para exploração sexual.

Durante um culto em Goiânia (GO), em 2020, Damares afirmou que as crianças são traficadas e têm seus dentes "arrancados pra elas não morderem na hora do sexo oral". As declarações chocaram a opinião pública e autoridades cobraram explicações. Documentos apresentados pela senadora ao jornal Estado de S. Paulo não comprovaram a veracidade das denúncias.

GOVERNO LULA CRIOU PROGRAMA SUBSTITUTO

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania lançou no dia 18 de maio o programa Cidadania Marajó para enfrentar a exploração e o abuso sexual de crianças e adolescentes no arquipélago de Marajó, no Pará.

Damares chegou a denunciar, sem provas, que crianças tinham dentes arrancados para o sexo oral no Marajó Foto: Waldemir Barreto /Agência Senado

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