O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou neste domingo que planeja se candidatar à Presidência da República nas eleições de 2025. A decisão surge em um contexto de crescentes críticas de Morales ao atual presidente e ex-aliado, Luis Arce, que já foi seu ministro da Economia.
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“Decidimos aceitar os pedidos de nossa militância e de tantas irmãs e irmãos que participam de nossas reuniões em todo o país para ser candidato à Presidência de nossa querida Bolívia”, publicou Morales nas redes sociais.
Ambos são membros do mesmo partido político, o Movimento ao Socialismo (MAS). Evo Morales justificou sua decisão, afirmando que ela foi motivada pelos "ataques do governo", que, segundo ele, chegaram ao ponto de tentar excluí-lo fisicamente. Ele declarou: "Vou dar o meu melhor, ainda temos força. Vamos enfrentar todas essas agressões que sofremos com verdade, dignidade e honestidade."
As eleições presidenciais na Bolívia estão programadas para 2025. No início de outubro, o partido governante realizará um congresso que pode discutir a criação de uma comissão para organizar as prévias partidárias.
No entanto, a candidatura de Evo Morales pode enfrentar desafios legais, uma vez que a legislação boliviana limita o mandato presidencial a cinco anos e permite apenas uma reeleição. Em 2019, Morales tentou assumir um novo mandato, mas a oposição, com o apoio das Forças Armadas, contestou o resultado das eleições, levando Morales ao exílio no México. A senadora Jeanine Áñez assumiu interinamente a presidência e, posteriormente, foi condenada a dez anos de prisão em 2021 por tentativa de golpe de Estado.
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