O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a se manifestar contra o governo israelense e chamou o chamou o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, de genocida.
Em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, na RedeTV, o petista destacou que “separa bem” o povo das ações do governo israelense. Ele ressaltou que condena as ações do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e disse que o povo de Israel não tem culpa alguma do que acontece.
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Lula acusou Netanyahu de praticar atos genocidas contra o povo palestino que mora na Faixa de Gaza. Além disso, o presidente brasileiro sugeriu um corredor humanitário na região.
"Eu fui o primeiro presidente da República a visitar o Estado de Israel, quando ninguém visitava. Eu fiz muitas reuniões com o povo judeu. Eu visitei kibutzim. Nesta crise eu fiz reuniões com famílias que tiveram familiares sequestrados e falei com líderes de países da região nos esforços de libertação dos reféns. Nunca misturo a atitude de um povo com as ações de um governante. E o que eu quero dizer em alto e bom som: o primeiro-ministro de Israel está praticando um genocídio contra mulheres e crianças".
Eu fui o primeiro presidente da República a visitar o Estado de Israel, quando ninguém visitava. Eu fiz muitas reuniões com o povo judeu. Eu visitei kibutzim. Nesta crise eu fiz reuniões com famílias que tiveram familiares sequestrados e falei com líderes de países da região nos…
— Lula (@LulaOficial) February 28, 2024
"O governo de Israel quer efetivamente acabar com os palestinos na Faixa de Gaza. É isso. É exterminar aquele espaço territorial com o povo palestino para que eles ocupem. É isso, não tem outra explicação", afirmou.
"É só você ler o depoimento dos Médicos Sem Fronteiras… Pega criança dizendo que prefere morrer do que ser tratada do jeito que estão sendo tratadas, sem anestesia. Isso é genocídio ou não é genocídio?”, acrescentou.
Lula disse ainda na entrevista que não utilizou a palavra "Holocausto" em sua fala em uma entrevista coletiva na Etiópia, apesar de ter comparado as ações militares de Israel na Faixa de Gaza com o extermínio de judeus promovido por Adolf Hitler.
De acordo com Lula, a sua fala, que desencadeou uma crise diplomática, foi assim interpretada por Binyamin Netanyahu. "Primeiro que eu não disse a palavra 'holocausto'. Holocausto foi interpretação do primeiro-ministro de Israel. Não foi minha", disse
Lula, de fato, não utilizou a palavra "Holocausto" durante entrevista concedida em Adis Abeba, capital da Etiópia. No entanto, o termo está diretamente ligado ao extermínio do povo judeu, justamente a ação mais grave cometida por Hitler contra um povo.
O Brasil defende a criação de um corredor humanitário na Faixa de Gaza. Que permita a entrada de medicamentos, de alimentos, de médicos e enfermeiros para cuidar das pessoas.
— Lula (@LulaOficial) February 27, 2024
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