A campanha de Guilherme Boulos (PSOL) apagou das redes sociais ligadas ao candidato um vídeo no qual o Hino Nacional é cantado com linguagem neutra.
Durante um evento do candidato à Prefeitura de São Paulo no último sábado (24), a interprete Yurungai cantou "des filhes deste solo és mãe gentil, pátria amada, Brasil", em vez de "dos filhos deste solo", como diz o trecho original.
Segundo a campanha do deputado federal, em momento algum foi solicitada ou autorizada a alteração na letra do Hino Nacional interpretado na abertura do comício.
“… des filhes deste”
— Adriana Gonzalez (@AdrianaRepresas) August 27, 2024
Parece que até o Lula foi pego de surpresa com a alteração da letra do Hino Nacional do Brasil. pic.twitter.com/bs8gTEp8Yk
"A produtora, organizadora do evento, foi responsável pela contratação de todos os profissionais que trabalharam para a realização da atividade, incluindo a seleção e o convite à intérprete que cantou o Hino Nacional", diz nota enviada pela equipe de Boulos.
O assunto repercutiu nas redes sociais, e o uso da linguagem neutra foi criticado por internautas. Adversários políticos de Boulos também aproveitaram o caso para criticá-lo.
O comício ocorreu no bairro do Campo Limpo, zona sul da capital paulista, e contou com a presença do presidente Lula (PT), ministros da gestão petista, e de Marta Suplicy (PT) candidata a vice-prefeita na chapa do congressista.
Marina Helena, candidata à prefeitura pelo Novo, afirmou nas redes sociais que foi um "desrespeito e destruição de nossos símbolos nacionais".
O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) afirmou: "Desordem e retrocesso! Em evento do PSOL com Lula e Boulos, o hino nacional foi cantado em linguagem neutra".
O também deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) também usou as redes sociais para criticar o caso. "Hino Nacional Brasileiro desafinado e cantado em linguagem neutra em um comício com Boulos e Lula. A intenção era tirar sarro?"
Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse que isso "não é apenas vergonhoso, é crime contra os símbolos nacionais, previsto na Lei 5.700/1971". "Vamos denunciar!"
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