Após a nomeação da nova Ministra dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), Macaé Evaristo, a pasta, no final da noite da última segunda-feira (8), apagou duas postagens e uma nota oficial em defesa do ex-ministro Silvio de Almeida, acusado de assediar a Ministra da Igualdade Racial Anielle Franco e outras mulheres.
Uma das publicações, que foi removida tanto das redes sociais quanto do site do ministério, acusava a ONG Me Too, responsável pela denúncia contra Almeida, de tentar interferir no processo licitatório relacionado ao Disque 100 do Ministério.
"O posicionamento da organização era contrário à separação dos serviços “Ligue 180” e “Disque 100”, decorrente da separação da pasta em relação ao Ministério das Mulheres. Cabe atenção ao fato de que, além de ser uma decisão política já tomada pelos ministérios envolvidos, sequer poderia estar sendo discutida com possível participante do processo licitatório, uma vez que configuraria conflito de interesses", dizia a denúncia, que afirmava ainda que a organização tentava fazer as mudanças com o objetivo de atender os próprios interesses.
A outra publicação era um pronunciamento do próprio Silvio de Almeida, que se defendia das acusações. "Repudio com absoluta veemência as mentiras que estão sendo assacadas contra mim. Repudio tais acusações com a força do amor e do respeito que tenho pela minha esposa e pela minha amada filha de 1 ano de idade, em meio à luta que travo, diariamente, em favor dos direitos humanos e da cidadania neste país", afirmava a nota.
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O ex-ministro informou em nova nota, publicada nas próprias redes na última sexta-feira (6), após a saída do Ministério, que pediu para ser demitido com o intuito de "conceder liberdade e isenção às apurações", e que iria provar a própria inocência.
A investigação é feita pela Polícia Federal que ouvirá as mulheres que, segundo as denúncias, teriam sido assediadas por Almeida.
Edição: Antônio Santos
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