
A trajetória política de Wladimir Costa sempre esteve cercada de polêmicas, desde suas aparições folclóricas na Câmara dos Deputados até as denúncias que se acumularam ao longo dos anos. Com passagens marcantes pelo Congresso — como quando exibiu uma tatuagem falsa no ombro com o nome do então presidente Michel Temer, em 2017.
Condenado por crimes como difamação majorada, extorsão, violência política de gênero e violência psicológica contra mulher, Wladimir Costa cumpre atualmente pena imposta pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará. Em 2024, chegou a ser preso pela Polícia Federal ao desembarcar em Belém, acusado de perseguição e agressões verbais contra a deputada Renilce Nicodemos, o que lhe rendeu uma pena de 12 anos de prisão.
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Colocado temporariamente em prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica e proibição de acesso às redes sociais, Costa voltou ao regime fechado em maio de 2025, por decisão da Justiça Eleitoral do Pará. A medida foi tomada após avaliação de que o sistema prisional tinha estrutura suficiente para garantir o tratamento médico de que o ex-deputado alegava precisar.
Agora, Wladimir Costa enfrenta um novo julgamento, desta vez no Supremo Tribunal Federal (STF). O processo foi reaberto após a mudança de entendimento da Corte sobre o alcance do foro privilegiado. Inicialmente, o caso havia sido enviado à Justiça Federal do Pará em 2019, após Costa deixar a Câmara. No entanto, em maio de 2025, a ação retornou ao STF, e a ministra Cármen Lúcia decidiu que a Corte é competente para julgar o processo.
A denúncia foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ainda em 2017 e acusa o ex-deputado de peculato — crime que consiste no desvio de recursos públicos. Segundo a acusação, Costa teria se apropriado de R$ 230 mil que seriam destinados a projetos esportivos no estado do Pará. A Justiça Federal de Barcarena (PA) já havia tornado o ex-deputado réu antes de remeter o processo ao Supremo.
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Vale lembrar que, em 2016, o Tribunal Regional Eleitoral do Pará já havia cassado seu mandato por prática de caixa dois, ao omitir aproximadamente R$ 410 mil em gastos de campanha.
Com um histórico de quatro mandatos, Costa se destacou mais pelas excentricidades do que pela atuação legislativa. Agora, o foco está em sua longa ficha criminal e no desfecho dos processos que ainda tramitam no Judiciário — o mais recente deles, em instância máxima.
Para saber mais, acesse o site do Diário do Pará.
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