
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) demonstrou resistência durante a operação da Polícia Federal realizada no dia 18 de julho, que impôs o uso de tornozeleira eletrônica ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação consta em relatório da corporação, que detalha os desdobramentos da ação autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
De acordo com a PF, o comportamento de Michelle foi motivado pela apreensão do celular do ex-presidente, determinada como parte das medidas cautelares que também incluíram a proibição do uso das redes sociais. Segundo o relatório, após “seguidas advertências”, Michelle adotou uma “postura colaborativa”.
Conteúdo relacionado
- O que diziam as mensagens de Eduardo e Malafaia para 'salvar' Bolsonaro?
- VÍDEO: Eduardo Bolsonaro responde Silas Malafaia após ser chamado de 'babaca'
- Eduardo manda Bolsonaro tomar no c* e chama o pai de ingrato
Durante a operação, os agentes também apreenderam cerca de US$ 14 mil e R$ 8 mil em espécie na residência de Bolsonaro, localizada em Brasília. O escritório do Partido Liberal (PL) na capital também foi alvo de mandado de busca e apreensão.
Além das restrições já impostas, Bolsonaro foi proibido de manter contato com seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A medida foi tomada no âmbito das investigações que apuram possíveis crimes de coação no curso do processo, obstrução à Justiça e ataque à soberania nacional. Ontem (20), Jair Bolsonaro e Eduardo foram formalmente indiciados.
CASOS DE FAMÍLIA E PEDIDO DE ASILO
Outro relatório da Polícia Federal divulgado na mesma data revelou trocas de mensagens entre Bolsonaro, Eduardo e o pastor Silas Malafaia. Em uma das conversas, Eduardo xinga o pai após o ex-presidente afirmar, em entrevista, que o filho “não é tão maduro”. “VTNC. SEU INGRATO DO CARALHO”, escreveu o deputado.
A PF também encontrou no celular de Bolsonaro um documento com pedido de asilo político na Argentina. O ex-presidente mantém relação próxima com Javier Milei, atual presidente argentino, e participou de sua posse em dezembro de 2023.
Quer ver mais notícias? Acesse nosso canal no WhatsApp
Diante das revelações, o ministro Alexandre de Moraes deu prazo de 48 horas para que a defesa do ex-presidente se manifeste. Em nota à imprensa, os advogados Celso Vilardi, Paulo Bueno e Daniel Tesser afirmaram que “jamais houve o descumprimento de qualquer medida cautelar previamente imposta” e que o ex-presidente vai prestar os esclarecimentos dentro do prazo estipulado pelo STF.
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar