
O clima de tensão entre o partido União Brasil e o Governo Federal resultou em uma decisão de peso: o ministro do Turismo, o paraense Celso Sabino, comunicou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que deixará o cargo à frente da pasta.
O anúncio foi feito, nesta sexta-feira (19), durante reunião no Palácio da Alvorada, em Brasília, e atende à resolução da legenda, que determinou a saída imediata de todos os filiados que ocupam funções dentro do atual Executivo.
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Sabino teria manifestado ao presidente Lula o desejo de permanecer à frente da pasta até a realização da COP30, marcada para novembro de 2026 em Belém, mas reconheceu a pressão imposta pelo seu partido.
O ministro pediu, no entanto, a chance de cumprir algumas agendas oficiais já programadas antes de entregar formalmente sua carta de demissão, prevista para a próxima quinta-feira (25), quando o presidente retorna da viagem a Nova York.
A medida do União Brasil foi anunciada após denúncias que ligaram o presidente nacional do partido, Antônio de Rueda, ao Primeiro Comando da Capital (PCC), em que ele seria até proprietários de aviões.
Nessa rusga, Rueda negou qualquer envolvimento e declarou que colocará seus sigilos à disposição das autoridades para investigação. A legenda, por sua vez, acusa o Governo Federal de utilizar a máquina pública para desgastar sua imagem.
De volta
Deputado federal eleito pelo Pará, Sabino retornará à Câmara após quase dois anos licenciado para comandar o Turismo. Durante sua gestão, o ministro coordenou estratégias de fortalecimento do setor e liderou o planejamento da COP30, considerada um marco para a economia e o turismo da Amazônia.
Diante disso, ainda na noite desta sexta-feira, por volta das 19h30, Sabino utilizou suas redes sociais para destacar os números positivos conquistados pelo Turismo brasileiro sob sua gestão. A publicação evidenciou tanto a satisfação do paraense com o trabalho realizado quanto, talvez, a frustração de ter de deixar o ministério em meio a esses avanços.
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A saída de Sabino marca o desembarque definitivo do União Brasil da base governista e impõe um novo desafio ao Planalto: recompor o espaço político dentro da Esplanada em meio a votações decisivas no Congresso. Agora, Lula terá de indicar o substituto no Turismo e, ao mesmo tempo, reorganizar alianças para preservar a sustentação parlamentar.
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