
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltaram a conversar nesta segunda-feira (6), por videoconferência. Durante o diálogo, os dois relembraram o breve encontro que tiveram em setembro, durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.
Segundo o Palácio do Planalto, Trump afirmou a Lula que a conversa realizada na ONU foi uma das poucas experiências positivas que teve no evento. O presidente norte-americano, que na ocasião criticou a estrutura da Assembleia, elogiou o encontro com o brasileiro e disse ter sentido uma “boa química” entre os dois líderes.
Na videoconferência, Lula e Trump trataram de temas comerciais e diplomáticos. O presidente brasileiro pediu a suspensão da tarifa de 50% aplicada pelos Estados Unidos a produtos nacionais e solicitou a revisão da decisão que cancelou os vistos de sete ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e de integrantes de seu governo.

Trump não respondeu diretamente sobre o tema das tarifas, e ambos concordaram em manter o diálogo entre as equipes de alto nível dos dois países. Pelo lado brasileiro, a interlocução ficará a cargo do vice-presidente Geraldo Alckmin, do ministro da Fazenda Fernando Haddad e do chanceler Mauro Vieira.
De acordo com o Planalto, Trump designou o secretário de Estado Marco Rubio para conduzir as negociações com o governo brasileiro. Também foi discutida a possibilidade de um encontro presencial nas próximas semanas. Lula sugeriu que a reunião ocorra durante a Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), no fim de outubro, na Malásia, ou nos Estados Unidos.
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O Planalto informou que a conversa durou cerca de 30 minutos e ocorreu em tom amistoso. Ainda segundo o governo brasileiro, Lula reiterou o convite para que Trump participe da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA), marcada para novembro.
Ao comentar o tarifaço, Lula citou que o Brasil é um dos três países do G20 com déficit na balança de bens e serviços com os Estados Unidos, ao lado do Reino Unido e da Austrália.
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