O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) protagonizou um protesto incomum na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (9), ao ocupar a cadeira da Presidência da Casa em resposta ao avanço do processo que pode resultar na cassação de seu mandato. O ato ocorreu após o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciar que pretende levar a votação do caso ao plenário ainda nesta semana.
Braga presidia a sessão quando passou a criticar publicamente a condução do processo e a diferença de tratamento, segundo ele, oferecida pela Casa a outros parlamentares. Ele citou os deputados Carla Zambelli (PL-SP) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que seguem no exercício do mandato apesar de condenações e investigações.
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“Se o presidente da Câmara quiser agir de forma distinta daquela aplicada aos golpistas que ocuparam esta Mesa Diretora e que seguem sem punição, essa responsabilidade é dele. Eu permanecerei aqui até o limite das minhas forças”, declarou o parlamentar, recusando-se a deixar a cadeira.
Braga também afirmou ver inconsistências no fato de seu caso avançar enquanto o plenário pode votar, ainda nesta terça-feira, o projeto que reduz as penas impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no processo que apura a trama golpista. “O único mandato efetivamente afetado é o que me foi concedido pelo povo do Rio de Janeiro”, disse.
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Logo após o protesto, a Polícia Legislativa restringiu o acesso ao plenário, impedindo a entrada de assessores e jornalistas. Apenas deputados puderam permanecer no local. A TV Câmara interrompeu a transmissão da sessão.
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