A discussão sobre a quantidade de mortes de pessoas transexuais no Brasil persiste, e os números continuam a confirmar essa triste realidade. O país permanece no topo como o líder mundial em assassinatos de pessoas trans, de acordo com dados divulgados pelo TGEU (Transgender Europe). Este ano marca o 15º ano consecutivo em que o Brasil mantém a liderança.
O TGEU é uma organização que monitora e compila dados de países que divulgam informações sobre esses crimes desde 2008, buscando estabelecer rankings e posições. O relatório completo, contendo informações detalhadas, será lançado no Dia Internacional da Memória Transgênera (Trans Day of Remembrance – TDoR), que é celebrado atualmente no dia 20 de novembro. Os dados abrangem o período de 1º de outubro de 2022 a 30 de setembro de 2023, mostrando que, durante esse período, pelo menos 98 pessoas trans foram vítimas de homicídios no Brasil.
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O número é alarmante e, infelizmente, muito próximo do registrado em 2022, quando foram contabilizados 96 casos. O México segue em segundo lugar no ranking, seguido pelos Estados Unidos em terceiro. Vale ressaltar que os dados contabilizam apenas casos em que houve registro da identificação da vítima como uma pessoa trans, o que significa que pode haver mortes subnotificadas, tornando a situação ainda mais preocupante.
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No Brasil, a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) realiza o monitoramento dessas ocorrências desde 2017 e publica dossiês anuais em janeiro, no Dia Nacional da Visibilidade Trans, com o apoio de diversas instituições nacionais e internacionais, incluindo o próprio TGEU.
BRASIL segue no topo
— ANTRA Brasil (@AntraBrasil) November 3, 2023
Em 2023 o Brasil segue como o país que mais assassina pessoas trans do mundo.
Este é o 15º ano consecutivo que o país ocupa o ranking sem respostas efetivas do estado para o enfrentamento do assassinato sistemático de pessoas trans.
Informações TGEU pic.twitter.com/Jd9EwoT35W
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