A Ouvidoria da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) já recebeu uma denúncia formal contra a servidora Kelly Belentani Gonçalves, técnica administrativa lotada no setor de comunicação social da instituição, que protagonizou esta semana um dos episódios mais lamentáveis registrados nas redes sociais em Santarém, no oeste do Pará, nos últimos dias. Em vídeos, a servidora pública disseminou uma série de mentiras contra a eficácia da vacina contra a Covid-19.
A identificação da autoria da denúncia contra a Kelly Belentani Gonçalves será mantida em sigilo pelo Portal OESTADONET à espera de uma manifestação da UFOPA. No documento enviado à Ouvidoria da Ufopa, a denunciante pede que a instituição tome providências sobre a postura da servidora, que contrasta com os protocolos que estabelecem medidas de prevenção à Covid-19.
“Resolvi denunciar a postura desta servidora pública federal, que é um espanto, além de um crime perante a sociedade, na certeza de que esta instituição tomará providências sobre a postura pública da servidora”, diz a denunciante em email enviado à Ouvidoria.
IGREJA
O Portal OESTADONET buscou esclarecimentos junto ao Ministério Internacional da Restauração (MIR), congregação da qual Kelly Belentani faz parte. Como resposta, a pastora Rizia, que comanda o setor de comunicação do MIR, informou que “os apóstolos não sabem, com certeza dessa postagem”.
Segundo ela, o líder do MIR, apóstolo Wellington Galdino, sua esposa, também líder do Ministério e a equipe pastoral, estão todos vacinados com a primeira e segunda dose, e segundo a orientação dos órgãos de saúde, “estamos seguindo os devidos protocolos e desde o início da pandemia temos seguido todas as devidas providências para o combate a Covid-19”.
Sobre a atitude de Kelly Belentani, a reportagem recebeu o seguinte esclarecimento: “E em relação a pessoa que escreveu a referida pauta, saiba que a igreja é um lugar onde pregamos a Palavra, ensinamos, aconselhamos, mas não temos poder sobre ninguém. Logo não temos responsabilidade e nem controle sobre o posicionamento de ninguém”.
O Portal questionou se a igreja cobra o comprovante de vacinação de seus membros, mas não teve uma resposta específica, além das explicações acima.
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