O ano de 2022 iniciou com o novo reajuste no valor do salário mínimo, que passou a ser R$1.212 por mês. Apesar da mudança oficializada no primeiro dia do mês, por meio de uma medida provisória (MP), assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, a diferença salarial é pouca frente aos constantes aumentos nos preços de gastos essenciais de trabalhadores assalariados.
Segundo a educadora financeira Ana Ferrari, para conseguir cobrir as despesas mensais, o valor do salário mínimo para a região Norte deveria ser em uma faixa acima de R$1.700,00 reais. De acordo com a economista, apesar do aumento de R$ 112,00 em relação ao antigo valor do salário, o novo mínimo não acompanha a elevação de outros gastos essenciais que o trabalhador deve enfrentar. “Não tem dinheiro sobrando. Por mais que tenha sido um aumento, ainda não é muito significativo. É um aumento que não acompanha outros aumentos como combustível, gás, energia elétrica, alimentação e moradia”, explica.
Apesar da baixa diferença salarial, uma saída para fazer o novo salário render no dia a dia seria fazer o controle do valor do orçamento mensal doméstico, que deve estabelecer uma base de gastos para despesas essenciais, além de praticar a redução diária de gastos e desperdícios. Uma lista com prioridade de cada despesa também é uma ferramenta que ajuda a definir o grau de importância no pagamento dos gastos e evitar o endividamento.
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SEM DESPERDÍCIOS
“O desperdício equivale a 30% do orçamento mensal. Então é preciso economizar para evitar esses desperdícios. Um exemplo disso, é que de repente a pessoa deixa ligado muitos aparelhos que não está usando ou costumam passar roupa com o chuveiro elétrico ligado, isso puxa muito a questão do desperdício de energia elétrica. Tem também a perda de mercadoria que você acaba jogando fora por algum motivo, como a falta de conservação correta. Ao invés de desembolsar quinhentos reais de uma vez e se virar o resto do mês sem fechar as próximas contas do mês, poderia ser feito compras mais fracionadas. É preciso ter controle das dívidas de valores que acabamos não vendo”, exemplifica Ana Ferrari.
Outra opção apontada pela educadora financeira é não levar em consideração a diferença salarial e guardar o valor como uma espécie de 14º salário, mais indicado para aquisição de bens de valores mais altos, como a compra de um terreno, casa ou carro. “Essa seria uma forma para guardar o dinheiro para um bem maior. Para isso, eu falo para as pessoas terem um planejamento de médio a longo prazo, que é aquele de doze meses a dez anos, para coisas que tem um valor aquisitivo maior”, afirma.
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