Provavelmente você já viu campanhas com cores nos meses no decorrer do ano. Elas servem para para incentivar a prevenção de doenças como o câncer, transtornos mentais, doação de sangue e órgãos. Neste mês de fevereiro é realizado o Fevereiro Laranja.
Esta é uma campanha nacional de conscientização sobre a leucemia, um tipo de câncer que afeta os glóbulos brancos do sangue e tem como símbolo a cor laranja. Ela visa informar e sensibilizar a população sobre os sintomas, tratamentos e impactos dessa doença.
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Além disso, busca incentivar a doação de sangue e medula óssea para pacientes com leucemia e outros tipos de câncer hematológico. Sabendo disso, o Hospital Ophir Loyola, em Belém, alerta para os sintomas que atingem as pessoas na forma aguda ou crônica.
- Fadiga persistente
- Infecções
- Febre recorrente e sem causa aparente
- Hematomas ou sangramentos nas gengivas e nariz
A orientação é para que a pessoa faça exames de sangue periódicos para que possam auxiliar no diagnóstico adequado e precoce da doença. Além disso, nos primeiros sinais, busque logo auxílio médico, o que não foi feito por Kleison Lima, de 37 anos.
“Comecei a sentir dores fortes no dente, depois veio o inchaço e decidi ir ao médico. Ele viu meu hemograma (exame que avalia as células sanguíneas) e solicitou outros. Fui encaminhado para um hospital em Capanema e depois fui transferido para Belém”, relembrou Kleison.
O vigilante, natural do município de Quatipuru, no nordeste do Pará, foi diagnosticado há dois meses com leucemia, após ignorar os primeiros sinais e buscar ajuda médica por causa de uma dor no dente do siso. Ele já tinha sangramento na cavidade nasal.
“Eu nunca senti fraqueza ou tontura. Lembro que cheguei a ficar pálido, tive uns sangramentos na gengiva e só fui saber que era da doença aqui no hospital. Eu já tinha ouvido falar sobre leucemia, mas só entendi como ela funciona aqui (no HOL). A equipe é atenciosa e o atendimento tem sido ótimo. Já fiz quatro sessões de quimioterapia e estou internado por conta do tratamento. Hoje, eu até digo: bendito siso, que me fez descobrir a doença bem no começo. Com a ajuda de Deus, da minha família e do hospital, vou vencer sim. Estou disposto, firme e forte para vencer”, finalizou Kleison.
O onco-hematologista Thiago Xavier explica que pacientes com leucemia costumam apresentar sangramentos espontâneos, como o relatado por Kleison, e hematomas frequentes pelo corpo. Mas pondera que os sintomas geralmente são ignorados por desconhecimento sobre a doença.
“Imagine que uma pessoa comece a ficar fraca, apresenta algum sangramento ou infecção. Se rapidamente são feitos os exames necessários e o médico consegue reconhecer que se trata de leucemia, mais rapidamente a pessoa pode ser encaminhada para o serviço adequado. A campanha Fevereiro Laranja está aqui para mostrar a todos que a leucemia existe, que é detectada por exames de sangue e que é tratável, controlável e curável”, explicou Xavier.
O hemograma é o primeiro passo para iniciar a investigação. Quando notadas alterações que possam sugerir a doença, o especialista pode solicitar outros exames laboratoriais a fim de contribuir para o diagnóstico assertivo.
“É difícil prevenir a leucemia. Ela pode acontecer com qualquer um de nós, mas a partir do momento em que os sintomas surgem e que o primeiro exame de sangue indica leucemia, precisamos agir rapidamente. O Ophir Loyola é referência no tratamento e é um dos principais do País. Ao chegar nesse hospital, o paciente vai receber um tratamento multidisciplinar, com cuidados de uma equipe especializada e, caso precise, pode ser conduzido para o transplante de medula óssea. Esse tipo de cuidado faz a diferença”, ressaltou o médico.
Sejam agudas ou crônicas, as leucemias não têm causas determinadas, podendo acometer qualquer indivíduo. Mas a ciência aponta alguns fatores de risco, como o tabagismo, exposição à radiação e agentes químicos presentes em agrotóxicos e derivados do benzeno.
Dependendo do tipo de leucemia, o tratamento pode ser variável. Algumas são tratadas apenas com comprimidos e tem um excelente prognóstico. Já outras, necessitam de internação hospitalar, quimioterapia e, em alguns casos, o transplante de medula óssea.
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