No total, o Pará já recebeu 4.200.510 doses, sendo 1.378.440 da CoronaVac, 2.419.450 da Oxford/AstraZeneca, 352.170 da Pfizer e 50.450 da Janssen. A vacina está sendo distribuída entre os 144 municípios paraenses.
Conheça os efeitos colaterais das vacinas contra a Covid-19
Porém, muitas pessoas estão deixando de se vacinar, pois recebem informações erradas, aquelas famosas Fake News, e acabam ficando com medo. Mas, afinal, o que é mito e o que é verdade?
O Dr. Luiz Manoel Werber de Souza Bandeira, docente do IDOMED, tirou dúvidas e esclareceu algumas questões sobre a vacina.
1) Por que todos os brasileiros devem tomar a vacina contra a Covid-19?
A vacina representa um cuidado primário de saúde, pois evita diversas mortes. No caso específico da vacina anti-COVID-19, a necessidade é imperiosa. Vacinando, o indivíduo se protege, assim como aos seus familiares, amigos e a população brasileira. Vacinar-se é um ato de civismo.
2) Quais são as principais reações? Elas são normais? Por que acontecem?
As respostas do sistema imune aos microrganismos é uma atividade protetora sendo realizada através de uma reação inflamatória, ou seja, o sistema imune ao nos proteger o faz pela produção de substâncias e ativação de células defensoras que induzem a inflamação com sinais e sintomas como febre, dor muscular e dor articular. Como a vacina induz a defesa por injeção de uma proteína do microrganismo, então, após a vacinação, o indivíduo pode apresentar os sintomas citados.
3) Quais remédios podemos tomar para amenizar estas reações?
Se os sinais e sintomas forem leves não há necessidade de medicações, mas se forem mais intensos pode-se usar um analgésico. Se houver uma resposta mais duradoura, a procura de um médico é indicada.
4) É mito ou verdade que não é recomendável ingerir álcool após ser vacinado? Por quanto tempo devemos evitar e por quê?
Houve um trabalho de pesquisa na Inglaterra que estudou a ação da ingestão do álcool sobre o sistema imune. Verificou-se que houve uma relação direta entre a ingestão e alterações da resposta imunitária. Se o indivíduo beber álcool no dia anterior à vacinação não o impedirá de se vacinar. Deve-se manter cuidados em dias antes e depois da vacinação. Lembrando que a ingestão do álcool nunca é sadia, principalmente em grande quantidade.
5) Qual é o conselho que podemos dar às pessoas que tomaram a primeira dose e estão com receio da segunda?
Não há motivo para ter receio da segunda dose, ao contrário, deve-se ter receio de não tomar a segunda dose quando indicada.
6) Por que ainda não podemos deixar de usar máscaras, fazer uso de álcool gel e isolamento social?
A vacina possui o principal objetivo de evitar que após a infecção o indivíduo apresente um quadro da doença de forma grave levando a internação, em enfermaria ou mesmo à UTI, evitando assim a morte. No Rio de Janeiro, na faixa etária acima de 65 anos, que foi a primeira faixa etária vacinada, observamos uma diminuição de perto de 100% de internações em UTI com uma diminuição de mortes. Porém, a pessoa vacinada pode se infectar, apresentando sintomas leves ou não apresentar nenhum sintoma, contudo, se a quantidade de vírus que ele entrou em contato for grande, ela pode transmitir para outras pessoas e, por isso, devemos continuar com os cuidados de higiene e uso de máscaras.
7) Entre riscos e benefícios, temos muito mais benefícios, correto? Pode comentar o motivo, por gentileza, citando todos os benefícios?
Sem dúvida. Por exemplo: a primeira vacina foi contra a Varíola. Desde que foi criada até 1997, quando a OMS considerou a Varíola erradicada do mundo, foram salvas 180 milhões de pessoas que poderiam ter morrido de varíola se não tivéssemos a vacina.
8) Mesmo com as duas doses, algumas pessoas desenvolvem a doença. Os casos tendem a ser mais leves?
Após a vacinação, não somente na COVID-19, todos os indivíduos vacinados, se apresentarem sintomas, esses serão mais brandos. Mas isso só é garantido com as duas doses.
9) Por que a imunidade das pessoas acima de 80 anos é mais frágil?
Com o decorrer da vida existem alterações em nossos organismos, os indivíduos mais maduros podem apresentar diminuição de uma imunidade que responde rapidamente aos agressores ao nosso organismo, denominada imunidade inata. Essa diminuição é um dos motivos que as pessoas mais maduras podem apresentar maior risco de gravidade.
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