Você pode até nunca ter feito, mas já ouviu falar do sexo anal. A prática, que envolve a penetração no orifício do ânus, é rodeada de mitos e dúvidas sobre a segurança de se fazer, mas é uma das formas mais desejadas de sexo pelos brasileiros e brasileiras.
Por esta razão, o médico Jairo Bouer resolveu tirar as dúvidas dos internautas sobre o tema e uma questão que sempre é levantada por quem faz sexo anal: " a ejaculação interna pode causar alguma doença ou algum tipo de dano?"
Veja também:
Dez sintomas subestimados que podem revelar um câncer
Segredos da meditação: técnica simples e de baixo custo
O médico ressalta que é muito importante usar sempre camisinha e lubrificante à base de água em penetrações anais. O preservativo tem a função de evitar as infecções sexualmente transmissíveis (IST) e o lubrificante é uma forma de facilitar a penetração e impedir qualquer tipo de lesões ou machucados.
Caso o casal opte por não utilizar a camisinha, é fundamental fazer testes regulares, além de seguir alguma terapia de prevenção complementar, como a PrEP, que é a profilaxia pré-exposição ao HIV, o vírus causador da Aids.
Nesse método, a pessoa toma um comprimido (que na verdade é uma combinação de dois antivirais) de forma preventiva, para evitar se infectar com o vírus.
COMO EVITAR PROBLEMAS?
Muitas pessoas relatam experiências dolorosas ou têm medo de sentir dor ao fazer sexo anal. Mas por que esse tipo de relação sexual tem essa fama relacionada à dor em vez de prazer?
O ânus realiza o que chamamos de contração reflexa. Por ser uma região muscular, como qualquer outro músculo, executa os movimentos de dilatação e contração, permitindo que exista a abertura para as fezes saírem. Tudo isso nada mais é que um mecanismo fisiológico.
Portanto, em momentos como esse, é muito importante não ter pressa. Caso contrário, se houver pressa, a região pode se contrair e a parceira ou parceiro sentir muita dor.
Veja abaixo algumas dicas de como evitar possíveis problemas durante e depois da relação, tornando o sexo anal um momento mais prazeroso:
Muita calma nessa hora
É fundamental ir devagar na hora do sexo anal. Isso porque a região do ânus é formada por tecidos musculares que podem tanto dilatar como contrair. Então, o ideal é ir aos poucos para vencer a barreira da contração reflexa.
Sem relaxamento, sem sexo
Ambos devem estar a fim e de acordo. Se a pessoa se sentir pressionada, ela provavelmente não vai relaxar. E, sem isso, fica muito difícil fazer sexo anal.
Não esqueça o preservativo
Use sempre camisinha. O ânus é uma região do corpo contaminada com muitos micro-organismos, como bactérias, vírus e fungos. Por isso, se o casal faz sexo sem preservativo, há risco aumentado de infecção.
Gosta de variar? Mude a camisinha também
É importante lembrar que é preciso um preservativo diferente para cada parte do corpo: se o casal está fazendo sexo anal e decide mudar para o vaginal, ou vice-versa, é necessário parar e trocar a camisinha para evitar que os micro-organismos de uma região do corpo sejam levados para outra, aumentando o risco de infecções.
Lubrificante como aliado
Escolha sempre um lubrificante à base de água. Nada de sabonete, hidratante, condicionador, azeite, óleo ou manteiga, todas essas opções podem danificar a camisinha e trazer outros problemas, como alergia e irritação. Eles estão disponíveis nas farmácias e geralmente ficam ao lado dos preservativos
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar