As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morte no mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde, mais de 15 milhões de pessoas morrem por DCV todos os anos. No Brasil, as DCV também lideram o ranking. A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) estima que, ao final deste ano, quase 400 mil pessoas morrerão no Brasil por doenças do coração e da circulação. Muitas dessas mortes poderiam ser evitadas ou postergadas com cuidados preventivos e medidas terapêuticas.
Para prevenir as doenças foi criada a campanha Setembro Vermelho para conscientização da população sobre a importância dos exames médicos e da prevenção, mantendo hábitos saudáveis. O mês foi escolhido porque no dia 29 comemora-se o Dia Mundial do Coração.
A cardiologista do Grupo Hapvida NDI, Aline Guimarães, alerta sobre as DCV mais frequentes. “As doenças cardiovasculares são as doenças que afetam tanto o coração como os vasos sanguíneos, artérias e veias. As principais doenças e mais comuns são o infarto e a insuficiência cardíaca. No mundo todo, o infarto agudo do miocárdio é uma das mais responsável por óbito dentre as doenças que não são infecciosas. E a insuficiência cardíaca é uma das mais limitantes, com perda de função, econômica inclusive, pois as pessoas acabam se aposentando, é uma doença limitante. Essas são as mais frequentes”.
Como fatores de risco, a médica ressalta a importância de evitar a aterosclerose, que é o acúmulo de placas de gordura cálcio e outras substâncias nas artérias. Esses depósitos dificultam a passagem de sangue dos vasos, o que chega a causar infartos, derrames e até morte súbita. “Alimentação, obesidade e sedentarismo são os fatores de risco mais conhecidos, porém o sono é também um fator de risco. Se a pessoa não tem um sono reparador, regulador, isso também é um fator de risco. O estresse é outro fator, pois vivemos uma vida muito estressante, com muitas obrigações. Além disso, o tabagismo e o alcoolismo também são fatores de risco. Para prevenir e diminuir os riscos é ideal fazer atividade física, controlar o peso, procurar controlar o estresse, ter um sono regular e reparador, evitar o tabagismo e o alcoolismo”, comenta a Dra Aline.
Até o início deste mês de setembro, o cardiômetro, indicador online criado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a partir de dados do Ministério da Saúde, já registrou mais de 270 mil mortes decorrentes dessas enfermidades, “por isso a campanha Setembro Vermelho vem como um alerta para disseminar a importância de todo esse controle dos fatores de risco para as doenças cardiovasculares. Já conseguimos um bom avanço entre os mais jovens que estão buscando fazer mais atividade física e controle da alimentação e do peso, mas temos muito o que avançar. Esse momento é importante para intensificar mais as ações em todos os meios de comunicação para conscientizar a população”, finaliza a médica.
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