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Gravidez aos 50, como a de Cláudia Raia, pode trazer riscos

Caso da atriz Cláudia Raia trouxe de volta ao debate a gestação tardia, e especialista diz que há problemas que podem ocorrer com a mãe e o bebê, o que demanda um maior acompanhamento médico. Saiba mais

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Imagem ilustrativa da notícia Gravidez aos 50, como a de Cláudia Raia, pode trazer riscos camera Cláudia Raia anunciou a gravidez na última semana ao lado do marido Jarbas Homem de Mello | Divulgação

Depois do anúncio público realizado nas redes sociais, a gestação da atriz Cláudia Raia, aos 55 anos de idade, não demorou para se tornar um dos assuntos mais comentados nas plataformas digitais. Dentre as dúvidas que surgiram está o quão rara pode ser uma gestação a partir dos 50 anos de idade e que possíveis riscos e cuidados estão envolvidos nesses casos.

Vice-presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia pela Região Norte (Febrasgo) e diretor da Sociedade Brasileira de Endometriose e Cirurgias Minimamente Invasivas, o médico ginecologista e obstetra Ricardo Quintairos esclarece que, fisiologicamente, a idade ideal de a mulher engravidar está no intervalo entre 18 e 28 anos de idade. “É a idade que a mulher está, do ponto de vista fisiológico, mais apta a ficar grávida. Infelizmente, pela competitividade, pelo mundo moderno, por uma série de fatores profissionais e econômicos envolvidos, a mulher moderna posterga a maternidade”.

O obstetra aponta que a literatura médica já considera como primigesta idosa ou tardia a gestação que ocorre após os 35 anos. Planejar uma gestação a partir dessa idade já não é o ideal porque a mulher já passa a ser considerada uma paciente de risco. “Quais são os riscos que essa mulher corre quando ela engravida após os 35 anos? Ela já começa a ter intercorrências gestacionais como hipertensão arterial, tanto crônica, quando específica da gestação; hemorragias do parto; hemorragias na gestação como DPP (descolamento prematuro de placenta) e placenta prévia; ruptura prematura da bolsa; trabalho de parto prematuro; diabetes; aumento da incidência de partos cirúrgicos, como um parto cesárea”, enumera, ao falar dos maiores riscos envolvidos também para o bebê.

“Para o feto, há maior risco de baixo peso ao nascer, ou seja, crescimento intraútero restrito; prematuridade; começa a aumentar a ocorrência de doenças genéticas cromossômicas, além da morbiletalidade perinatal, ou seja, riscos maiores para a mãe e para o filho”. Acima dos 40 anos de idade, tais riscos durante a gestação se multiplicam várias vezes, segundo o médico.

Já uma gestação aos 50 anos de idade é, em primeiro lugar, algo muito raro. “É uma raridade a mulher ter fertilidade aos 50 anos porque a idade média da menopausa brasileira é 48 anos, então, estamos falando de uma gestação tardia, praticamente pós-menopausa, pós data de menopausa na mulher, então, os riscos são enormes”, considera Ricardo Quintairos.

“Do ponto de vista médico, não se recomenda uma gravidez nessa idade, pelos riscos. Não só pelos riscos fetais, como os riscos de doença materna, como cardiopatia, hipertensão, sobrecarga nos órgãos, risco iminente de diabetes e hipertensão arterial. Agora, isso tudo se a mulher ficar grávida a partir de um óvulo dela”.

Nos casos em que a gestação ocorre a partir de um óvulo doado por uma mulher mais jovem, o médico aponta que os riscos são atenuados. É o caso da chamada fertilização assistida, com ovodoação (quando é utilizado o óvulo de uma doadora). “Quando essa mulher tem, por exemplo, 50 anos e recebe o óvulo doado de uma mulher de 20 anos, a gestação tem a idade da mulher de 20 anos. Apesar de os riscos maternos – de hipertensão, diabetes, etc – serem iguais, os riscos para o bebê diminuem um pouco mais porque a idade daquele óvulo é jovem. Então, com uma ovodoação as coisas melhoram bastante porque é uma gestação nova”, explica.

“Nós, como médicos, temos que ter uma responsabilidade muito grande de orientar essas mulheres a não engravidarem nesta idade e, se engravidarem, que saibam dos riscos envolvidos. Como médicos, precisamos aconselhar ter uma gestação mais precoce e desaconselhar correr esses riscos, mas, realmente, a decisão é da mulher”.

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