Apesar de ser considerado como uma doença rara, o câncer de pênis nos últimos dez anos provocou cerca de 6,5 mil amputações genitais no Brasil. De 2012 a 2022 foram registrados 21 mil casos do tumor e mais de 4 mil pessoas morreram devido à doença em período similar, segundo dados do Ministério da Saúde.
O Brasil está entre os países com maior incidência desse tipo de câncer no mundo, de acordo com a SBU (Sociedade Brasileira de Urologia). O uso de preservativos ajuda a prevenir a doença, assim como cirurgia para retirada do prepúcio em casos de fimose (“cabeça” do pênis.). Tabagismo e idade acima dos 50 anos também são fatores de risco.
O médico urologista João Frederico Andrade, explica que a principal causa do câncer de pênis é a má higiene. "A principal causa realmente é a má higiene associado à fimose, que dificulta justamente a limpeza da glândula e do pênis", destaca.
Entre os sintomas a serem observados no órgão está uma ferida que ocasiona coceira, queimação, odor forte e que não cicatriza. Se esses sinais estiverem presentes, especialmente quando acompanhados de secreção branca, pode indicar a presença da doença.
NORTE
O câncer de pênis é mais prevalente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, compreendendo cerca de 2% de todos os casos de câncer diagnosticados em homens. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil, o câncer de pênis é mais comum nestas regiões devido à situação socioeconômica e pela falta de acesso à informação e aos serviços de saúde.
DIAGNÓSTICO
Quando se fala em descobrir o câncer de pênis, a orientação é uma consulta com o médico especialista para solicitar exames específicos que ajudem a investigar qualquer alteração que possa estar acontecendo. O diagnóstico do câncer de pênis é feito, basicamente, por meio da biópsia incisional (retirada de um fragmento do tecido) de qualquer lesão peniana suspeita para se diferenciar as lesões malignas, assim como seus subtipos, das lesões pré-cancerosas e das benignas.
Quando descoberta em estágio inicial, a doença tem alta chance de cura, e é fundamental para evitar a evolução do tumor e a posterior amputação total do pênis, que traz consequências físicas, sexuais e psicológicas ao homem. O especialista enfatiza que o tratamento consiste na retirada da lesão com cirurgia, radioterapia e quimioterapia, dependendo do caso.
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