plus
plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Edição do Dia
Previsão do Tempo 32°
cotação atual R$


home
POUCOS RECURSOS

Básicos, celulares minimalistas apostam no “detox digital”

Marcas estão lançando celulares com falta de recursos, mas com design refinado

twitter Google News
Imagem ilustrativa da notícia Básicos, celulares minimalistas apostam no “detox digital” camera Celular da Light | Divulgação

Entre os smartphones tradicionais e os chamados "dumbphones", aqueles celulares sem acesso à internet, há um tipo de aparelho em ascensão que surfa no desejo das gerações mais novas de se afastar do uso excessivo da tecnologia.

Marcas estrangeiras como The Light Phone, BoringPhone, Palma e The Minimal Company apostam em uma espécie de terceira via do detox digital, aliando uma falta de recursos intencional com um design de produto refinado e uma filosofia avessa às grandes empresas do setor.

Mais do que modelos para pais que querem blindar os filhos da superexposição às telas, como é o caso dos "telefones burros", essas empresas miram um estilo de vida minimalista, com suas campanhas e sites alertando para as vantagens de uma vida longe da lógica dos feeds infinitos e da coleta de dados pessoais.

O principal exemplo é o Light Phone, com recursos básicos como chamadas, SMS, calculadora, alarme e notas, mas propositalmente sem acesso a um navegador de internet e a apps como o WhatsApp, o Spotify e o Instagram.

Na versão Light Phone 2 (US$ 299, R$ 1.685, sem considerar os impostos), o destaque fica para a tela do tipo papel eletrônico, ou E Ink, comum em leitores digitais como o Kindle, da Amazon.

A tecnologia é caracterizada pelo baixo consumo energético e alta visibilidade mesmo em contato direto com a luz solar, apesar de não ter a mesma velocidade de atualização e exibição de cores que as telas comuns.

Esses aspectos negativos, no entanto, são vantagens desta vez, principalmente porque não cansam os olhos e poupam bateria. O Light Phone 3, modelo mais robusto que inclui uma câmera, está em pré-venda por US$ 499 (R$ 2.810).

O que pode ser caro demais para recursos de menos já tem seu público fiel —o modelo atual já vendeu quase 100 mil unidades, a maior parte delas para pessoas de 20 a 35 anos, segundo o fundador da empresa, Kaiwei Tang.

"A ideia era criar algo que fosse o oposto do que significa sucesso entre os investidores de tecnologia, fazer nossos celulares serem ferramentas de novo, como um martelo, uma chave de fenda, e não o centro da sua vida", disse Tang.

Recursos postos de lado, o que chama atenção, paradoxalmente, é o design minimalista. Retangular, com tela fosca e interface "clean", o aparelho lembra o monólito de "2001 - Uma Odisseia no Espaço".

"A razão pela qual o Light Phone tem uma tela discreta é porque não queremos que o celular seja o destaque. Ele deve ser uma ferramenta que é invisível quando não é necessária", disse.

O design é tão importante nessa tendência que a HMD, empresa que assumiu os direitos do Nokia "tijolão", lançou celulares flips sem redes sociais voltados justamente para uma geração Z que já vê os anos 2000 com nostalgia.

Uma campanha da Heineken com a Bodega e a LePub promove um sorteio do chamado Boring Phone (celular chato), um aparelho da HMD com a carcaça transparente ao estilo dos iMacs da virada do milênio.

A fabricante ainda lançou no dia 28 de agosto um modelo em parceria com a Barbie todo em rosa que acompanha acessórios e adesivos.

Voltando ao mundo em preto e branco, a marca The Minimal Company adotou uma estratégia semelhante à da Light Phone, embora seja menos espartana.

O Minimal Phone (US$ 399, R$ 2.245) oferece acesso completo à Play Store, loja de aplicativos do Android, e um teclado físico no estilo dos celulares BlackBerry. O aparelho também promete uma bateria que dura dias, no plural, espaço para dois chips e também a tela do tipo E Ink.

Outra proposta é a da Ghost Mode, que revende celulares Pixel, do Google, com um sistema operacional próprio que limita o acesso a redes sociais e à navegação na internet, mas sem deixar de lado vantagens como a qualidade da tela e das câmeras. Já a marca Palma produz os Boox, leitores digitais com acesso a aplicativos e telas do tipo E Ink.

"Algumas pessoas chamam de celular minimalista, acho que funciona. Mas eu me recuso a chamá-los de dumbphones, porque uma ferramenta não é burra nem inteligente. A ferramenta deve apenas fazer alguma coisa bem, ajudar a concluir uma tarefa rapidamente e sumir", disse Tang, da Light Phone.

Se a ideia é ser minimalista também nos gastos, é possível transformar celulares Android em aparelhos mais limitados e menos chamativos com a interface "Minimalist Phone", com mais de 1 milhão de downloads na Play Store. Para usuários de iPhone, o aplicativo Opal é a melhor opção para reduzir o tempo de tela.

Os próprios sistemas operacionais dos smartphones, e aplicativos como Instagram, Facebook e TikTok, também oferecem funções para alertar o usuário após determinado período de uso.

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

tags

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

    Mais em Tech

    Leia mais notícias de Tech. Clique aqui!

    Últimas Notícias