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É preciso estar atento aos limites da internet

Normalmente adotados nas ruas, os cuidados e precauções com a segurança e a privacidade devem ser mantidos também quando se acessa o mundo digital, seja através de computadores ou celulares. Presentes diariamente na rotina de muitos brasileiros, as mídias

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Normalmente adotados nas ruas, os cuidados e precauções com a segurança e a privacidade devem ser mantidos também quando se acessa o mundo digital, seja através de computadores ou celulares. Presentes diariamente na rotina de muitos brasileiros, as mídias eletrônicas exigem uma série de comportamentos que evitam problemas que podem ser difíceis de reverter, mas que nem sempre são considerados.

Advogado e vice-presidente executivo de uma empresa de advocacia especializada em direito digital, Leandro Bissoli aponta que, além de servirem de auxílio para pessoas mal intencionadas obterem informações sobre a rotina e a localização das famílias; fotos, vídeos e até mensagens de texto também podem causar constrangimentos.

“A internet trouxe a rua pra dentro de casa. O que não se pode esquecer é que, depois de compartilhado, se perde o controle sobre aquele conteúdo que se propaga em uma velocidade tão grande que faz com que não se consiga mais removê-lo da rede”, explica. “Quando um vídeo ou uma foto íntima cai na rede, mudar de cidade ou emprego acaba tendo uma eficácia muito baixa porque os buscadores vão perseguir a pessoa. Basta digitar o nome da pessoa no buscador, que o conteúdo vai aparecer em qualquer lugar do mundo”.

Muito além de senhas e informações bancárias, uma simples foto pode ser suficiente para gerar uma série de transtornos a quem a compartilha sem avaliar as consequências. Para o advogado, o grande desafio imposto hoje, sobretudo sobre os jovens, está na identificação do limite que não deve ser ultrapassado quando se compartilha informações e dados através da internet. “O grande desafio para os jovens é identificar o limite até onde ele pode ir e que, se ultrapassado, vai poder lhe prejudicar. O que percebemos hoje é que os jovens têm pouca noção desses riscos. Falta orientação dos pais”.

Identificando a dificuldade que ainda permeia as relações de grande parte da população com o mundo digital, o movimento “Família mais Segura na Internet” mantém uma página eletrônica que pretende auxiliar na construção de um ambiente virtual mais ético e seguro.

Através da disponibilização de cartilhas e conteúdos gráficos, o projeto pretende capacitar voluntários que possam disseminar formas de se prevenir. “O movimento é direcionado para os pais, professores e alunos e disponibiliza uma série de conteúdos para gerar uma conscientização sobre o uso seguro e legal desse tipo de tecnologia”, explica Leandro Bissoli, vice-presidente executivo da empresa que desenvolveu o projeto. “Estamos coletando assinaturas para um abaixo-assinado para que esse tema se torne uma disciplina dentro da grade curricular”.

PRECAUÇÃO

Mesmo que a filha da advogada Lais Queiroz ainda não tenha acesso à internet, ela e toda a família não deixam de se precaver ao disponibilizar conteúdos sobre a criança pelas redes sociais. “Minha mãe é pedagoga, então ela tem conhecimento de muitos casos que acabam acontecendo e sempre me advertiu sobre isso e eu comecei a ter mais alguns cuidados”.

Além de diminuir drasticamente a publicação de fotos da filha, Lais lembra, ainda, que passou a utilizar meios de compartilhamento mais restritos para informar a família sobre as novidades. “Hoje esses aplicativos permitem um sistema com maior privacidade, então, na maioria das vezes eu compartilho fotos da minha filha por um grupo que tem um número bem restrito de familiares”, conta.

CUIDADO

Não deixe a criança sozinha sem saber o que ela está fazendo no ambiente digital;

Fique atento à idade mínima dos serviços da internet e ensine que nem tudo é permitido para eles;

Não compartilhar imagens de menores de 18 anos com exposição demasiada do corpo, sensuais, ridicularizantes ou vexatórias;

Verifique constantemente os recursos tecnológicos, saiba o que e com quem estão conversando. Depois da exposição indevida, é difícil reparar os danos causados;

Cuidado com mensagens de desconhecidos que chegam ao seu celular.

Não exponha o número do seu celular em mídias sociais;

Mantenha o seu celular bloqueado e seus dados protegidos;

Não exponha seus hábitos de vida, dados financeiros ou sua intimidade nas redes sociais.

Mantenha seu antivírus sempre atualizado e evite transtornos e vazamentos de informações;

Faça constantemente uma cópia dos dados do seu celular.

O que fazer em caso de incidente digital?

Os pais devem procurar a delegacia de polícia mais próxima para registrar um Boletim de Ocorrência e os filhos devem comunicar o incidente para seus educadores e família logo após a ocorrência de qualquer crime digital.

Guarde as imagens de tela (“print-screen”) do eventual crime ocorrido.

É essencial que a prova do crime digital seja preservada. Portanto, caso o equipamento tenha vestígios de um crime digital, não apague os arquivos.

Dependendo da situação, o juiz poderá solicitar que seja feita uma perícia no equipamento.

Além disso, poderá ser registrada uma Ata Notarial em um Cartório de Notas: a Ata Notarial é um documento elaborado pelo tabelião (uma espécie de certidão), em que ele descreverá o conteúdo de um site, de um e-mail, etc. A ata é uma prova plenamente válida em juízo.

Procure um advogado para lhe orientar sobre o que pode ser feito judicialmente.

Fonte: Instituto iStart - Família Mais Segura na Internet.

(Diário do Pará)

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