São Paulo – Uma das tarefas domésticas mais chatas de se fazer pode estar com os dias contados graças aos avanços da robótica. TEO, um robô humanoide criado pela Universidade Carlos III, na Espanha, em 2012, finalmente aprendeu a arte de passar e dobrar roupas.

Com 1,80 metro de altura e pesando 80 quilogramas, TEO já havia aprendido a subir escadas, abrir portas e até a dobrar roupas. Agora, se uma pessoa coloca uma peça de vestuário em uma tábua a sua frente, ele começa a engoma-la com um ferro.

O robô é capaz de passar roupas devido a uma câmera embutida em sua cabeça. A câmera cria uma representação em 3D de alta resolução da peça colocada na tábua. Em seguida, TEO detecta as dobras da roupa usando um sistema que vai de zero (representa uma parte afiada) a 1 (parte plana). Ele sabe que os vincos da peça se encaixam entre esses dois extremos pois as únicas arestas verdadeiramente afiadas são os limites da tábua.

Após a visualização completa do vestuário, o robô começa a passar o ferro sobre cada vinco detectado – esse processo é realizado duas vezes. “Devido à grande diversidade de formas de vestuário, texturas, materiais e elementos decorativos, engomar é uma tarefa difícil de automatizar”, escrevem os autores na pesquisa.

Juan Victores, um dos criadores de TEO, disse ao site New Scientist que o robô foi construído para realizar todas as tarefas domésticas no lugar dos seres humanos. Ele espera que, no futuro, TEO aprenda a fazer isso sozinho – assistindo a uma pessoa, por exemplo – sem o conhecimento prévio de uma técnica. “Teremos robôs como o TEO em nossas casas. É apenas uma questão de quem vai fazer isso primeiro”, disse Victores.

TEO pode até ser o primeiro robô a passar roupas, porém ele não é o pioneiro quando o assunto é a realização de tarefas domésticas. Em 2011, pesquisadores da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, criaram um robô capaz de dobrar toalhas e meias.

Outro exemplo de humanoide doméstico vem do Japão. Chamado de “Laundroid”, ele é capaz de dobrar uma camiseta em cinco minutos, segundo uma reportagem do site Japan Times.

Veja abaixo um vídeo (em inglês) sobre o TEO produzido pela New Scientist.

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Fonte: Exame

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