Tambaqui, corvina, pacu, pirarucu, pirarara, jacundá, lambari são espécies de peixes da região amazônica que agora podem ser acessados na palma da mão, mas não nas feiras e mercados somente. Isso porque o aplicativo AppPescado traz informações sobre esses e outros tipos de peixes e informa até mesmo como tirar o filé e prepará-lo. Disponível apenas para aparelhos com sistema Andoid, para acessá-lo é preciso fazer o download e um cadastro com nome e e-mail.

Há também informações sobre ostras e lagostas, inclusive análise sensorial, com fotos de peixes, destacando detalhes que sejam possíveis identificá-los; estrutura muscular de cada pescado; dados sobre conservação, estocagem, adição de agentes químicos e até uso de radiação.

Especialmente desenvolvido para alunos e técnicos da área de pesca, vídeos dentro de empresas do ramo mostram o beneficiamento do produto, que foi desenvolvido a partir do TCC do aluno Harrison Luz, no curso de Engenharia de Pesca, em Bragança, nordeste do Pará, sob orientação do professor Carlos Cordeiro, coordenador do curso no campus da Universidade Federal do Pará (UFPA) na cidade, e levou cerca de dois anos e meio para ter o formato atual. O professor Fabrício Farias, do curso de sistemas de informação, no campus da UFPA de Cametá, foi o responsável pelo desenvolvimento técnico do app.

A ideia inicial era buscar uma forma simples de reunir informações acadêmicas para os alunos consultarem, uma espécie de biblioteca no celular - já que o formato dos apps é bem popular e de fácil acesso nos celulares. “A gente sabe que hoje em dia, os alunos não querem mais estar sempre na biblioteca, isso é um desafio. Como professor, eu acho uma vantagem”, diz.

Carlos explica que com o AppPescado ele conseguiu reunir elementos que convergem para a principal disciplina que ele ministra, “Qualidade e tecnologia do pescado”, o que ainda exige superar bastantes desafios no Estado e na região pesqueira. Por isso, há também exercícios interativos e referências bibliográficas para orientar os estudantes. “Estamos com nota 4,9, está sendo bem aceito”, afirma.

(Dominik Giusti/Diário do Pará)

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