Nos últimos tempos, empresas consolidadas e tradicionais surpreenderam o consumidor brasileiro a anunciarem ou terem vazadas informações que estão em processo de falência ou mesmo em pedido de recuperação judicial. Lojas Americanas e a cervejaria Itaipava são os exemplos mais conhecidos que se tem notícia. Mas você sabe o que cada um desses processos significa?
A recuperação judicial é um recurso importante para empresas em crise financeira, que buscam reorganizar sua estrutura econômica e financeira e evitar a falência. Essa ferramenta pode ajudar a preservar empregos e manter as atividades empresariais, e é regulamentada pela Lei nº 11.101/2005 no Brasil.
O processo judicial começa com um pedido da empresa à justiça, acompanhado de documentos contábeis e financeiros que comprovem a necessidade do processo e é nesta etapa que as Lojas Americanas se encontram.
Uma vez aceito o pedido, a empresa tem 60 dias para apresentar um plano de recuperação judicial, que deve ser aprovado pelos credores em assembleia geral.
O plano de recuperação pode incluir medidas como redução de despesas, renegociação de dívidas e investimentos em novos projetos. Durante todo o processo de recuperação judicial, a empresa é acompanhada por um administrador judicial, que verifica se as medidas previstas no plano estão sendo cumpridas.
Se esse plano for aprovado e implementado com sucesso, a empresa pode sair da crise e continuar suas atividades normalmente. No entanto, se o plano não for bem-sucedido, a empresa pode ser declarada falida.
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Nos últimos anos, várias empresas brasileiras passaram por processos de recuperação judicial, incluindo a Oi, a Avianca Brasil e a Livraria Cultura.
Oi
Uma das maiores empresas de telecomunicações do país, entrou com o pedido de recuperação judicial em 2016, com uma dívida de cerca de R$ 65 bilhões. Após longos processos judiciais e negociações com os credores, a empresa conseguiu aprovar um plano de recuperação em 2018, que envolveu a venda de ativos e a redução do endividamento.
Avianca Brasil
Entrou com o pedido de recuperação judicial em dezembro de 2018, com uma dívida de cerca de R$ 2,7 bilhões. No entanto, a empresa não conseguiu aprovar seu plano de recuperação e acabou sendo declarada falida em maio de 2019.
Livraria Cultura
A empresa entrou com o pedido de recuperação judicial em 2018, com uma dívida de cerca de R$ 285 milhões. A empresa conseguiu aprovar um plano de recuperação em 2019, que envolveu a venda de ativos e a renegociação de dívidas com os credores.
Caso Lojas Americanas
Estampada na capa de todos os jornais, as Lojas Americanas entregou seu plano de recuperação judicial à 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro na segunda-feira (20). A etapa faz parte do processo iniciado em 19 de janeiro, em que a empresa admitiu ter R$ 43 bilhões em dívidas com 16,3 mil credores.
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