A chegada do inverno amazônico no Pará traz uma quantidade maior de chuvas, em especial na Região Metropolitana de Belém. Mas junto com a alta frequência dos famigerados "torós", outros velhos conhecidos dos moradores também dão as caras: os mosquitos.
É notável o aumento do aparecimento de mosquitos nas residências nesta época do ano de chuvas intensas e frequentes. Deste modo, cada pessoa busca uma maneira de evitar a infestação desses pequenos grandes incômodos dentro de casa. A maioria opta pelo uso do incenso repelente.
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O mais popular é vendido em uma caixa amarela e verde com a maioria das informações em outra língua e apenas a palavra Mosquito em destaque. Mas será que é seguro utilizar este produto dentro de casa? Será que ele é realmente eficaz? Essas são algumas das perguntas que muitas pessoas fazem sobre este recurso anti-mosquitos.
Nas redes sociais, não faltam relatos de pessoas que utilizaram o incenso repelente "Wierook Koking", que traduzido da língua holandesa significa "Rei do Incenso". Algumas delas aprovam o uso e dizem que o produto realmente afasta todos os mosquitos de casa, mas alguns efeitos são sentidos também em humanos.
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A maioria afirma que sente coceira na garganta, irritação nas narinas e apresenta quadros de tosse. Também há relatos de pessoas que contaram terem descoberto alergias a citronela e outros princípios ativos usados em repelentes de insetos por meio do contato com estes incensos.
Vale lembrar que estes incensos possuem origem em países asiáticos como China e Coreia do Sul e não possuem registros nos órgãos fiscalizadores e de controle no Brasil. O mais popular, apesar de seu rótulo e embalagem estar em holandês, também tem origem na Ásia. Em geral, ele é vendido em caixas com 30 unidades e a preços baixos, o que atrai muitos consumidores.
MAS O QUE DIZEM AS AUTORIDADES?
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é bem clara e objetiva sobre o uso de incensos repelentes de insetos. Ela propõe que todo e qualquer produto que não possua selo ou número de registro na Anvisa na embalagaem deve ser evitado, pois não possui eficácia comprovada ou segurança no uso.
"Todos os repelentes e inseticidas devem expor no seu rótulo o número de registro na Anvisa ou do processo do produto na Agência. Para os cosméticos, ou os repelentes de pele, o número do registro do produto, normalmente, aparece no rótulo como Reg. MS – X.XXXX.XXXX. O registro de cosméticos começa com o algarismo 2 e possui nove dígitos. Para os repelentes de ambiente e inseticidas, classificados na Agência como saneantes, o registro começa com o algarismo 3 e também possui nove dígitos", descreve o órgão.
Deste modo, o uso do incenso repelente de mosquitos "Wierook Koning" não é recomendado, pois o mesmo não possui nenhuma informação sobre eficácia comprovada ou registro em órgãos brasileiros.
PLANTAS E PRODUTOS CASEIROS SÃO EFICAZES?
Segundo a Anvisa, os “inseticidas naturais”, ou seja, produtos caseiros formulados à base de citronela, andiroba, óleo de cravo, entre outros, não possuem comprovação de eficácia nem a aprovação pela entidade até o momento.
Deste modo, velas, odorizantes de ambientes, limpadores e incensos que indicam propriedades repelentes de insetos não estão aprovados pela Anvisa, logo seu uso não é recomendado.
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