Orangotango é flagrado curando ferida com plantas medicinais

Muitas espécies de animais são consideradas extremamente inteligentes. Entre elas, golfinhos, corvos e primatas. Dentro da classe dos primatas, chimpanzés, gorilas e orangotangos são alguns dos bichos com inteligência bastante desenvolvida.

Nesta semana, um orangotango da ilha de Sumatra, na Indonésia, foi flagrado por pesquisadores tratando um ferimento usando plantas medicinas. O primata teria chegado, ainda, a fazer um tipo rudimentar de curativo na ferida.

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Segundo os pesquisadores de Suaq Balimbing, uma área protegida de floresta tropical na Indonésia, o orangotango chamado Rakus se feriu abaixo do olho direito após brigar com outro animal. Três dias se passaram e eles flagraram o primata usando uma planta conhecida por ter propriedades analgésicas.

À agência de notícias Reuters, os cientistas declararam que o orangotango mastigou as folhas da planta para produzir uma espécie de pasta. Em seguida, espalhou repetidamente a substância na ferida e depois aplicou os restos mastigados da planta diretamente na ferida, procedimento similar ao que é feito por médicos em um curativo.

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Rakus ainda comeu a planta, uma espécie de trepadeira perene comumente chamada de Akar Kuning ou Alamanda Roxa (Fibraurea tinctoria). O comportamento do orangotango virou objeto de estudo e análise de pesquisadores do Instituto Max Planck de Comportamento Animal, da Alemanha, os quais publicaram um artigo descrevendo o caso na revista Scientific Reports.

“Até onde sabemos, este é o primeiro caso documentado de tratamento ativo de feridas com uma espécie de planta com propriedades médicas por um animal selvagem”, disse à agência Reuters uma das autoras do estudo, Caroline Schuppli, bióloga evolucionista do instituto.

“Os orangotangos selvagens adquirem seus conjuntos de habilidades por meio do aprendizado social observacional, e as habilidades são transmitidas de geração em geração. A população onde esta observação foi feita é conhecida por seu rico repertório cultural, incluindo o uso de ferramentas em diferentes contextos”, completou.