O naufrágio do navio Titanic, retratado no filme homônimo de James Cameron, fascina milhões de pessoas, apesar de ter sido um triste episódio na história da navegação mundial, com estimativas de mais de 1.500 mortos. Até os dias atuais, após 114 anos do acidente, o desastre segue envolto em mistérios que muitos buscam solucionar.
Uma nova teoria sobre o naufrágio do Titanic propõe que uma ilusão de ótica tenha sido responsável pela colisão do gigante navio contra um iceberg no meio do oceano Atlântico na noite de 14 de abril de 1912.
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De acordo com o historiador Tim Maltin, que propôs a teoria, uma ilusão de ótica causada por um fenômeno meteorológico anormal fez com que o navio navegasse em direção a uma área de inversão térmica, que ocorre quando uma camada de ar frio desce e fica abaixo do ar mais quente.
Neste caso, o ar frio teria vindo da corrente do Labrador, ao longo da costa do Canadá, e o ar mais quente teria origem na corrente do Golfo do México. Como o Titanic fazia uma rota entre Londres e Nova York, na costa dos EUA, para chegar até o território norte-americano, ele teria que passar pelo trecho onde ocorria a inversão térmica.
Estas inversões térmicas podem causar várias miragens, incluindo a chamada "fata morgana", fenômeno ótico no qual navios podem parecer flutuar acima do horizonte. Confira images deste fenômeno abaixo:
No caso do Titanic, a teoria sugere que a ilusão da "fata morgana" provocou uma miragem que criou um falso horizonte acima do verdadeiro. Tim Maltin, que já havia escrito um livro levantando essa hipótese, encontrou nos arquivos do jornal "The Times" depoimentos de sobreviventes do Titanic que reforçam essa possibilidade para explicar o naufrágio.
No fenômeno da "fata morgana", quando o observador está ao nível do mar, a luz se curva sobre o horizonte verdadeiro. Mas, em altitudes maiores, como no ninho de corvo do Titanic (plataforma instalada no mastro do navio a 30 metros de altura), a lacuna entre os horizontes verdadeiro e falso pode parecer uma névoa.
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Diante disso, a teoria explica que a tripulação de vigia que estava no alto do Titanic não teria sido capaz de ver o iceberg até que fosse tarde demais para desviar dele, pois a gigante pedra de gelo flutuante estaria obscurecida pir essa névoa decorrente da ilusão de ótica.
"Embora a alta pressão tenha mantido o ar incomumente claro, a distância anormalmente longa até o horizonte fez com que a luz fosse espalhada pelas moléculas no caminho da visão, criando uma névoa causada pela dispersão da luz", disse Maltin.
"E com o iceberg vindo diretamente em direção aos vigias, isso infelizmente significava que ele estava muito mais próximo (do que parecia) antes de ter sido avistado", completou o historiador.
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