
Tem se popularizado alguns truques ou gestos que podem ser indicadores de duturas doenças, como por exemplo, preparar uma xícara de chá, pode esconder sinais sutis de um problema grave como Alzheimer. Agora, um truque simples com o polegar viralizou nas redes sociais e despertou alarme em milhões de pessoas.
Mas será que o movimento realmente revela algo tão grave quanto um aneurisma? O vídeo, publicado pelo médico intensivista norte-americano Joe Whittington, sugere que estender o braço e cruzar o polegar sobre a palma da mão pode indicar risco de aneurisma da aorta ascendente — uma das doenças cardiovasculares mais graves.
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Na demonstração, a pessoa deve abrir bem a mão, como no sinal de “pare”, e tentar levar o polegar em direção ao lado oposto, cruzando a palma. De acordo com a postagem, se o polegar ultrapassar a lateral da mão, o resultado seria positivo para risco aumentado de aneurisma. A teoria por trás da sugestão aponta que maior elasticidade nos tecidos conjuntivos estaria ligada à predisposição a dilatações arteriais.
ESSE TRUQUE É CONFIÁVEL?
Apesar da popularidade do vídeo, especialistas pedem cautela. O cardiologista Edmo Atique Gabriel afirma que o teste não possui comprovação científica e que é “temeroso atribuir valor diagnóstico tão grande a algo tão simplório”, o que pode causar pânico e insegurança desnecessários.
“A elasticidade da mão varia muito entre as pessoas”, explica Edmo. Condições como hipermobilidade, anatomia dos dedos e flexibilidade natural podem interferir diretamente no resultado do teste, tornando-o inconsistente e impreciso para qualquer avaliação médica confiável.
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DIAGNÓSTICO
Para diagnosticar um aneurisma da aorta ascendente com segurança, são necessários exames de imagem, como tomografia, ecocardiograma ou ressonância magnética. Além disso, médicos também observam sinais clínicos, como dor torácica irradiada para as costas, sopros cardíacos, diferença de pressão arterial entre os braços e alterações em radiografias.
A aorta é a principal artéria do corpo, e sua dilatação anormal — especialmente próxima ao coração — representa alto risco de rompimento, podendo ser fatal. A condição é mais comum em homens acima dos 50 anos e tem prevalência estimada de seis casos a cada 100 mil habitantes no Brasil.
Os grupos de risco incluem:
- Portadores de doenças crônicas como hipertensão, diabetes e obesidade;
- Fumantes;
- Pessoas com síndromes genéticas que afetam o tecido da aorta, como Marfan ou Ehlers-Danlos;
- Indivíduos expostos a traumas repetitivos, como atletas de contato ou vítimas de acidentes.
O tratamento do aneurisma é, na maioria dos casos, cirúrgico. A artéria dilatada não retorna ao tamanho original, exigindo substituição da área comprometida por uma prótese. Já em casos menos graves, é possível postergar a cirurgia com acompanhamento rigoroso, medicação, controle de estresse, dieta equilibrada e exercícios sob orientação médica.
A prevenção também é essencial. Pessoas com histórico familiar devem buscar aconselhamento genético e realizar exames regulares. Manter hábitos saudáveis, controlar pressão e glicemia, e reduzir o estresse são atitudes fundamentais para afastar o risco.
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