
No Brasil, o hábito de enxaguar o arroz antes de cozinhá-lo está tão enraizado que muitos cozinheiros nem questionam a prática. Tradicionalmente, o objetivo é remover impurezas e aquele “pó branco” que parece se soltar dos grãos. Mas especialistas em nutrição alertam que essa rotina pode ser desnecessária e até prejudicial.
O arroz branco que chega à mesa já passou por um processo de beneficiamento que retira a casca e o farelo, deixando os grãos limpos e polidos. O pó que se solta durante a lavagem não é sujeira, mas partículas naturais liberadas pelo polimento.
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Além disso, enxaguar o arroz pode levar à perda de nutrientes importantes, como vitaminas do complexo B, ferro, magnésio, fósforo e potássio. A água também hidrata o amido, fazendo com que o arroz grude mais após o cozimento.
Ao contrário do que muitos pensam, lavar o arroz não elimina bactérias, que são raras em grãos crus, e não altera significativamente as calorias do alimento, já que o amido, principal fonte de energia, permanece intacto.
Além disso, também não há riscos de contaminação por arsênio em níveis preocupantes: segundo a Anvisa, os produtos vendidos no Brasil estão bem abaixo do limite permitido de 0,3 mg/kg.
Existem, no entanto, exceções. Arroz integral e alguns tipos de arroz parboilizado podem ser lavados sem grandes prejuízos nutricionais, mas para a maioria dos grãos brancos, a lavagem é dispensável.
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A recomendação aos cozinheiros profissionais e de plantão é sempre conferir as instruções na embalagem antes do preparo, garantindo assim o melhor aproveitamento do alimento sem perder nutrientes.
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