A história é do ano de 1993, mas ainda é ‘sensação’ em São Paulo, onde o vira-lata Sabuja “trabalhava” como carcereiro - e dos melhores - no presídio de Mauá. Ele virou o preferido dos policiais, que o adotaram já adulto. Ele era conhecido por acompanhar os militares nas proximidades do presídio.

O cãozinho ajudava a tomar conta de 223 detentos em um local construído para 72 pessoa. Essa superlotação abria espaço para as tentativas de fuga dos presos, mas o chefe dos carcereiros Celso Garro deixava bem claro: “o danado tem um ouvido afiado que só vendo. Qualquer barulho ele dá o alarme”.

Sabuja era conhecido por estar sempre em forma, correndo todas as manhãs sobre o telhado da cadeia, acompanhava as partidas de futebol dos detentos e tinha uma refeição “de primeira”: comia a carne que sobrava das quentinhas servidas aos presos.

Ele era tão querido que, segundo o jornal, “desbancou” um casal de dobermann. “A gente já teve dois dobermann, mas eram muito molengas. Os bichos só comiam e dormiam o tempo todo”, disse Celso.

Na época, o cãozinho fez escola e sua presença deu tão certo que os carcereiros já tinham a ideia de treinar um novo pequenino para ficar em seu lugar, só para garantir a aposentadoria justa de Sabuja.

(Com informações da Folha/Arquivo 1993)

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