
Você já teve o privilégio de jogar a franquia de The Last of Us? Se sim, sabe que a humanidade enfrenta um colapso devido a uma infecção devastadora causada pelo fungo Cordyceps.
Inspirado em um fungo real que ataca insetos, o parasita sofre uma mutação e passa a infectar humanos, tomando o controle de seus corpos e transformando-os em zumbis.
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A rápida propagação do surto leva ao colapso da sociedade, forçando os sobreviventes a lutarem não apenas contra os infectados, mas também contra outros humanos no meio do caos.

Mas por que estamos falando de The Last of Us aqui? Na Irlanda do Norte, durante a gravação da Winterwatch, da BBC, uma aranha morta coberta por um fungo branco saindo do corpo foi encontrada.
O vírus é semelhante ao Ophiocordyceps, fungo que transforma formigas em zumbis e inspirou a franquia de The Last of Us, porém a nova espécie pertence a outro grupo evolutivo, conforme artigo publicado no periódico Fungal Systematics and Evolution.
"Eu postulei que era uma espécie desconhecida ou incomum e solicitei o espécime assim que a filmagem terminou", disse Harry Evans, um dos autores do artigo.
Segundo o explorador de cavernas, Tim Fogg, ele já encontrou outras cinco aranhas infectadas pelo fungo, batizado de Gibellula attenboroughii. As pesquisas apontam que ele se espalha ao pousar e perfurar o exoesqueleto.
Mas calma, que ninguém vai virar zumbi (pelo menos por enquanto). Isso porque pesquisadores dizem que as substâncias produzidas por fungos semelhantes são utilizadas no desenvolvimento de medicamentos, como imunossupressores, para evitar a rejeição de órgãos transplantados.
"Esses são os químicos da natureza e a única fonte de novos antibióticos e outros medicamentos para o futuro. Precisamos encontrar maneiras de identificá-los antes que mais ecossistemas naturais desapareçam com os fungos", ressaltou João Araújo, um dos autores do artigo.
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