Lia Sophia recebe Fafá de Belém e Pinduca em show

A grandeza e a exuberância do Theatro do Paz, um dos principais símbolos arquitetônicos da Belle Époque, adornarão hoje um show que promete ser igualmente imponente. No palco, Lia Sophia comandará o espetáculo, que terá as participações mais que especiais de Fafá de Belém e Pinduca. Os artistas, que dispensam apresentação e são reconhecidos em todo o Brasil, cantarão juntos pela primeira vez. O show promete surpresas que não deverão decepcionar quem comparecer ao teatro. No repertório, sucessos dos três para todo mundo cantar em alto e bom som.

Lia Sophia, 36 anos, nasceu na Guiana Francesa e passou pelo Amapá antes de finalmente chegar ao Pará. Da localização geográfica, as influências da música latina vieram de forma direta. O carimbó, a cúmbia, o zouk, o brega e a guitarrada. Tudo misturado com arranjos pop e modernos que produzem músicas quentes e dançantes. A cantora, compositora e instrumentista ganhou fama nacional através da música “Ai Menina”, trilha sonora de “Amor Eterno Amor”, novela da Rede Globo.

Para Lia, o show de hoje será um encontro memorável. “Vai ser uma experiência interessante porque três gerações vão estar reunidas. O Pinduca, que é mais antigo, a Fafá, que é de outro momento e eu, que sou a mais nova”, comenta. Lia conta que a ideia de fazer um show em conjunto partiu dela e da admiração pelo trabalho dos outros artistas. “São pessoas que eu sempre admirei pela música que fazem e por valorizarem e divulgarem a cultura do Pará. São espelhos, modelos, tê-los comigo nesse show será marcante”, diz.

Ainda no ritmo das comemorações do reconhecimento do carimbó como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, Lia promete um repertório variado e dançante. “Vai ter músicas do meu disco, do Pinduca e da Fafá. Não vamos deixar de homenagear os mestres de carimbó e da cultura paraense”, adianta. Quem for prestigiar o show ainda poderá ouvir, em primeira mão, duas canções inéditas de Lia e a releitura de uma música que é sucesso entre os paraenses.

Como o Theatro da Paz, provavelmente, estará lotado, a expectativa é encontrar um público caloroso e disposto a se mexer. “Eu lembro que na gravação do DVD do Mestre Vieira (também no Da Paz, e do qual Lia participou) o público não se aguentou, se levantou e começou a dançar no meio do teatro. A administração teve que interromper o show porque falaram que a estrutura estava começando a balançar. Talvez isso aconteça de novo”, completa Lia, rindo, com a segurança de uma artista que sabe do que é capaz.